Spotify e chinesa Tencent anunciam aliança no streaming de música

Spotify e chinesa Tencent anunciam aliança no streaming de música

publicidade

Foto: Emmanuel Dunand / AFP / CP


A maior plataforma de streaming de música, Spotify, e a digital chinesa Tencent anunciaram nesta sexta-feira um acordo de participações cruzadas que deve assegurar a liderança da empresa sueca em uma conjuntura de grande competitividade. O acordo assinado entre as duas empresas acaba com meses de intermináveis boatos sobre as duras negociações da aquisição do Spotify pela Tencent.

A empresa sueca irá adquirir ações minoritárias recém-emitidas, cujo valor não foi revelado, na Tencent Music Entertainment Group (TME), filial musical do grupo Tencent, e vice-versa, indicaram as duas companhias em um comunicado conjunto. Paralelamente, a Tencent, que em novembro se tornou o primeiro grupo tecnológico chinês com um valor de 500 bilhões de dólares, superando brevemente o Facebook, investirá no Spotify por meio da compra de ações existentes, segundo a mesma fonte. "Spotify e Tencent Music Entertainment veem oportunidades significativas no mercado mundial de streaming para todos os usuários, artistas, mas também para os sócios musicais e de negócio", expressou o fundador e diretor do Spotify, Daniel Ek. "Esta transação permitirá às duas empresas se beneficiar do crescimento mundial da música por streaming", acrescentou.

O diretor do TME, Cussion Pang, expressou sua satisfação de ter selado uma aliança com "a primeira plataforma de música on-line do mundo". "TME e Spotify vão trabalhar em conjunto para explorar as vias de colaboração com um objetivo comum, o de criar um ecossistema musical dinâmico que seja favorável aos usuários, artistas e produtores de conteúdo", afirmou.

Competição feroz 

Spotify, com 30 milhões de músicas, superou este verão a marca dos 60 milhões de assinantes, consolidando um pouco mais a sua posição de líder do mercado. O grupo sueco assegura contar com 140 milhões de usuários ativos em 61 países. É seguido de longe pelo serviço on-line da Apple, com 27 milhões de assinantes no fim de junho, e pelo francês Deeze, terceiro lugar com 6,9 milhões de assinantes no fim de 2016. A música on-line teve um grande crescimento em 2016 com lucros acima de 60% e 112 milhões de assinantes de serviços pagos de streaming em todo o mundo.

Essa tendência permitiu à indústria da música voltar a crescer nesses dois últimos anos, compensando a contínua baixa das vendas de discos gravados. Mas os atores do streaming ainda têm dificuldades para encontrar seu modelo econômico, especialmente porque a competição é feroz: depois de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, a Amazon lançou este ano na França, Itália e Espanha o seu serviço de streaming e download de música, o Amazon Music Unlimited.

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895