Tinder deverá compartilhar dados de usuários na Rússia
Legislação foi criada em 2018 determina que plataformas devem fornecer os dados de seus usuários para as autoridades quando solicitados
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O Serviço Federal Russo de supervisão das comunicações, Roskomnadzor, anunciou nesta segunda-feira que o aplicativo de encontros Tinder terá de compartilhar a partir de agora os dados de seus usuários com os serviços de segurança russos, incluindo o FSB. A Roskomnadzor possui uma lista de serviços online ativos no país que devem fornecer os dados de seus usuários para as autoridades, no caso de solicitação neste sentido. O Tinder "foi adicionado a esta lista depois de ter transmitido as informações necessárias, a pedido da Roskomnadzor", tuitou a agência de telecomunicações russa.
⚡ Роскомнадзор внес компанию-владельца сервиса Tinder в реестр организаторов распространения информации.
— Роскомнадзор (@roscomnadzor) June 3, 2019
Компания внесена в реестр после того, как в ответ на требование Роскомнадзора предоставила необходимые сведения. #Роскомнадзор #Tinder pic.twitter.com/LPOGvruC2g
A lista foi estabelecida em colaboração com os serviços de segurança conforme uma legislação que entrou em vigor em 2016 e exige que as empresas de mídia social que armazenem dados em servidores localizados na Rússia forneçam as informações às autoridades sob demanda. De acordo com a normativa, o Roskomnadzor será capaz de negar o acesso da rede ao tráfego da Internet se eles não cumprirem os requisitos do departamento ou oficiais de segurança.
Os serviços incluídos no rol são obrigados a compartilhar as chaves de criptografia com as autoridades e manter os dados de seus usuários por seis meses. Atualmente, esta lista é composta por cerca de 175 empresas, incluindo a rede social russa Vkontakte e o maior aplicativo de namoro do país, o Badoo.
A Rússia emitiu em 2018 uma ordem para proibir o aplicativo de mensagens Telegram depois que ele se recusou a fornecer os dados dos usuários. No verão do mesmo ano, o serviço concordou em transferir informações sobre terroristas para serviços especiais com base em uma decisão judicial.