UE fortalece regra fiscal de criptomoedas

UE fortalece regra fiscal de criptomoedas

Regulamento entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026

AFP

publicidade

Os ministros da Economia da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira (16) novas regras de transparência tributária para empresas envolvidas em transações de criptoativos, mais um passo na luta contra a fraude facilitada por essas moedas digitais.

As novas obrigações "vão melhorar a capacidade dos Estados-membros de detectar e combater a fraude, evasão e elusão fiscais", declarou a Comissão Europeia, que redigiu o texto.

O regulamento entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, após parecer do Parlamento Europeu.

A diretriz obrigará todos os provedores de serviços de criptoativos sediados na UE a relatar as transações dos clientes residentes do bloco - independentemente do tamanho da empresa.

O escopo de aplicação também inclui o dever de informar as instituições financeiras em relação ao dinheiro eletrônico e às moedas digitais dos bancos centrais, assim como a troca automática de informações sobre decisões fiscais antecipadas, mecanismos utilizados por pessoas ricas para reduzir sua tributação - como, por exemplo, se aproveitar de regulamentações do exterior.

As autoridades fiscais não possuem, atualmente, as informações necessárias para controlar as receitas obtidas com o uso de criptoativos. Isso limita a capacidade de controlar o pagamento efetivo de impostos e priva os Estados de importantes receitas fiscais.

Os novos regulamentos aprovados nesta terça-feira complementam o Regulamento dos Mercados de Criptoativos (Mica) e o Regulamento das Transferências de Fundos (TFR), aprovados em 20 de abril pelo Parlamento Europeu.

O processo legislativo destes dois regulamentos foi concluído definitivamente no mesmo dia pelos 27 ministros das Finanças dos Estados-Membros da UE, reunidos em Bruxelas.

As normas facilitarão a luta contra atividades ilegais, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, além de proteger os consumidores.

Os provedores de serviços de ativos criptográficos (Casp, na sigla em inglês) terão que se registrar e fornecer mais informações pessoais se quiserem operar na UE.

A nova regra fiscal também obrigará os profissionais a compartilharem determinadas informações sobre clientes e transações à instituição financeira receptora das operações.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895