Nossa democracia, transporte coletivo e ironia

Nossa democracia, transporte coletivo e ironia

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Renato Panatieri

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Nossa democracia

Não existe democracia sem eleição. Sempre aberta e livre, concorrendo quem pretenda. Ingrediente essencial para legitimar o eleito. Lamentavelmente, porém, também há eleição em áreas geográficas longe da do exercício da democracia. Em decorrência, é equivocado pensar que onde há eleição sempre há democracia. Como não existe regime democrático relativo, é imprescindível a análise de outros componentes para se aferir a verdadeira realidade. Regimes ditatoriais, com todas as suas agressividades e desrespeito aos direitos sagrados dos cidadãos, não raro procedem eleições. Em regra, os titulares dos cargos de mando escolhem os adversários, tirando do palco os com mais possibilidades eleitorais. Sem falar na própria forma dos pleitos. Quer dizer, opositores com coragem (precisa tê-la, diante da exposição) para enfrentamento, são afastados. Em realidade são eleições para gerar engano internacional. Permitem que saibamos os resultados antes das datas programadas. Nenhuma surpresa na eleição do Putin, como nenhuma dúvida na eleição, em julho próximo, do Maduro. Ou alguém tem dúvida? Saudemos e busquemos aperfeiçoar a nossa democracia.
Jorge Lisbôa Goelzer, Erechim, via e-mail

Transporte coletivo

Muito pertinente o comentário de Roberto André (CP, 22/3). Além dos trechos citados, ainda tínhamos o do Gasômetro, do Menino Deus, da República, do Navegantes, da Duque de Caxias, do Cemitério. Este transporte de alto nível, simplesmente terminou no governo militar no Brasil, nos países do Prata, entre outros. Pareceu algo orquestrado, para favorecer o rodoviarismo. Os bondes de hoje são os modernos tramways da Europa, EUA, Canadá, Oriente, África, entre outros. Aqui no Brasil, eles timidamente retornam como VLT (Rio, Cuiabá, Campo Grande, Fortaleza, Sobral). Falei com o prefeito Melo sobre o assunto. Perguntei-lhe por que o que dá certo em todo o mundo, aqui não é nem lembrado (sobre os VLTs). E ele defendeu o transporte por ônibus. Imaginem um VLT da Praia de Belas até Viamão, suspenso por sobre o arroio Dilúvio até Viamão, só como exemplo. Além de uma valorização visual à cidade, não teria nenhuma desapropriação.
Paulo Pereira das Neves, São Gabriel, via e-mail

Ironia

O político que ontem criticava os controladores de velocidade, chamando-os de “pardais faturadores”, agora vai administrar a (i)mobilidade urbana da Capital. E, consequentemente, vai administrar os pardais espalhados pela cidade. Já estou me preparando para a mudança do discurso: o que ontem era para faturar, agora existe para salvar vidas.
Sérgio Becker, Porto Alegre, via e-mail


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