Popularidade de Vizcarra atinge 79% após dissolução do Congresso do Peru

Popularidade de Vizcarra atinge 79% após dissolução do Congresso do Peru

Essa aprovação é um recorde para o político, que assumiu o mandato presidencial após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski

AFP e Correio do Povo

Na pesquisa nacional realizada de 9 a 11 de outubro em um universo de 1.203 entrevistados, 85% aprovam a dissolução do congresso e afirmam estar em conformidade com a Constituição

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A popularidade do presidente peruano, Martín Vizcarra, chegou a 79% em outubro, 31% a mais do que no mês anterior, após a dissolução do Congresso, dominado pela oposição – revela uma pesquisa da Ipsos divulgada pelo jornal "El Comercio" neste domingo. Apenas 16% dos entrevistados desaprovam a medida tomada em 30 de setembro pelo presidente, e 5% preferem não opinar. Essa aprovação é um recorde para o político, que assumiu o mandato presidencial após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski pelo escândalo de corrupção da empreiteira brasileira Odebrecht.

“Parte da diferença pode ser explicada pela desconexão que o Congresso mostrou (no dia da dissolução). E Salvador del Solar (presidente do Conselho de Ministros,, que teve um 'desempenho impecável'. Isso levou os cidadãos a apoiar ainda mais”, explica Alfredo Torres, CEO da Ipsos. Na pesquisa nacional realizada de 9 a 11 de outubro em um universo de 1.203 entrevistados, 85% aprovam a dissolução do congresso e afirmam estar em conformidade com a Constituição, 13% desaprovam, enquanto 2% não especificam.

Sua fortaleza permanece nos mais altos níveis socioeconômicos (NSE), com a classe B como seu principal aliado – 91% apoiam a dissolução e 88%  o presidente. Em termos territoriais, o sul é o maior, comparado com o restante das regiões – com 83% e 78%, respectivamente –, embora os protestos tenham sido reativados no corredor de mineração daquela área do país por duas semanas.

Uma pesquisa da empresa CPI, realizada três dias após a dissolução do Congresso, mostrou que 89,5% dos peruanos apoiaram a medida. Apenas 9,3% se opuseram. Desde que assumiu o governo, Vizcarra ganhou popularidade por conduzir uma cruzada contra a corrupção em um país onde os quatro presidentes anteriores são investigados por envolvimento no escândalo da Odebrecht.


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