Repressão da junta militar birmanesa provocou deslocamento de 250 mil pessoas

Repressão da junta militar birmanesa provocou deslocamento de 250 mil pessoas

Desde o golpe de 1º de fevereiro, há pelo menos 738 mortos e a detenção de 3,3 mil ativistas, de acordo com organizações locais


AFP

Esta foto tirada em 19 de abril de 2021 e recebida de uma fonte anônima via Facebook em 20 de abril mostra pessoas deslocadas descansando em um abrigo improvisado após fugirem de sua aldeia no município de Kani, na região de Sagaing

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A repressão da junta militar birmanesa contra os manifestantes pró-democracia provocou o deslocamento de 250 mil pessoas em Mianmar, afirmou nesta quarta-feira o emissário da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde o golpe de 1º de fevereiro, a junta reprime com violência o movimento de desobediência civil, que exige a restauração da democracia e uma participação maior das minorias étnicas no poder, com um balanço de pelo menos 738 mortos e a detenção de 3,3 mil ativistas, de acordo com organizações locais.

"Estou horrorizado de saber (...) que os ataques da junta provocaram o deslocamento de 250 mil pessoas", tuitou o enviado especial da ONU para a situação dos direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews. "O mundo deve agir imediatamente para abordar esta catástrofe humanitária", completou.

Uma reunião especial de países do Sudeste Asiático, prevista para sábado em Jacarta, examinará a situação em Mianmar. O comandante da junta militar, Min Aung Hlaing, pretende participar no encontro de cúpula. "Min Aung Hlaing, que enfrenta sanções internacionais por seu papel nas atrocidades dos militares e na brutal repressão do movimento pró-democracia, não deveria ser bem-vindo em uma reunião intergovernamental que abordará uma situação que ele contribuiu para criar", afirmou o representante da organização Human Rights Watch, Brad Adams.

 

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