Granjas poderão reduzir alojamento de poedeiras

Granjas poderão reduzir alojamento de poedeiras

Hipótese passou a ser admitida diante da dificuldade para obter milho e dos altos custos do grão, principal componente da ração das aves

Nereida Vergara

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Nos próximos meses, as granjas especializadas na produção de ovos poderão rever o alojamento de animais para enfrentar o alto custo do milho. Diante do problema e da queda do consumo – principalmente em razão da pandemia, que fechou restaurantes e escolas –, os estabelecimentos buscam alternativas antes de majorar os preços. Segundo o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo Santos, o grão representa 75% do custo da produção de ovos no Rio Grande do Sul. 
“Não é um processo simples como a interrupção na produção de frangos de corte, vai demorar um tempo para que se consolide, pois é preciso iniciar o remanejamento pelas poedeiras mais velhas”, explica Santos. O dirigente esclarece também que deve haver aumento no preço da dúzia de ovos ao produtor, hoje em R$ 4,50, mas ao longo do ano e em percentual ainda não definido. “Mesmo que (o preço) suba, o consumidor ainda terá no ovo uma fonte de proteína bem mais barata que as carnes”, complementa.
Na semana passada, a Asgav fez um chamamento aos consumidores para que optem pelo produto que tiver o selo de referência Ovos RS, que está nas embalagens das 14 granjas que respondem por 90% da produção estadual. O diferencial possibilita ao consumidor reclamar no caso de problemas de qualidade ou conservação, bem como pedir a reposição do produto. O Programa Ovos RS, desenvolvido desde 2013, garante alimento vistoriado, com origem identificada, inspeção oficial, sanidade das aves e inocuidades dos ovos.


Correio do Povo
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