Casa Madre Ana completa seis anos com 5 mil acolhidos em Porto Alegre

Casa Madre Ana completa seis anos com 5 mil acolhidos em Porto Alegre

Espaço auxilia pacientes e familiares que buscam tratamentos em hospitais da Santa Casa

Felipe Nabinger

Espaço completou seis anos com 5 mil pessoas atendidas.

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A Casa de Apoio Madre Ana completou seis anos acolhendo pacientes e familiares de outras cidades e estados que buscam tratamento em Porto Alegre. Localizada a poucas quadras da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, o espaço, que já recebeu 5 mil pessoas ao longo da sua atividade, conta com acomodações, brinquedoteca, pracinha com brinquedos adaptados, cozinha, refeitório, sala de costura e biblioteca. Na manhã desta quarta-feira, uma cerimônia marcou o aniversário do espaço, ocorrido no dia 10 de maio.

“Nós abrimos a possibilidade de tratamento para pessoas, crianças principalmente, de 26 estados do país, que vêm para cá para realizar cirurgias, transplantes e tratar câncer. Metade dos hóspedes são do Rio Grande do Sul e outra metade vem de fora. É uma alegria ver com esse pessoal é acolhido. Eles assumem como a própria casa”, explicou o cardiologista Fernando Lucchese, presidente do Conselho Provedor da Instituição, antes da celebração, que contou com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Social, Léo Voigt, representando o prefeito Sebastião Melo, do secretário municipal de Sáude, Mauro Sparta, e do vereador Cezar Schirmer, representado a Câmara de Vereadores.

A casa, localizana na rua Vigário José Inácio, 741, é totalmente mantida com doações. O custo anual para manutenção é de R$ 863 mil por ano. “Essa casa tem sido autossustentada por doações, sem onerar a Santa Casa em nada. Foi a melhor coisa que fiz da minha vida, foi uma grande motivação. Estamos muito satisfeitos de dar esse legado para a sociedade. Estamos ajudando pessoas que precisam mesmo, que vêm com R$ 50 passar um mês”, garante Luchesse. Para celebrar o aniversário, foi realizado um ato religioso, que contou com a presença da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, além de autoridades, dirigentes da Santa Casa e de pessoas que estão acolhidas pelo espaço.


Mais que "mão na roda"

“Vai fazer quatro meses que estamos aqui. Ela transplantou tem 30 dias no hospital Santo Antônio. Esse espaço foi mais que uma ‘mão na roda’. Foi mão, foi pé, foi tudo. Está sendo muito importante esse acolhimento”, conta Luene Oliveira da Silva, 40, técnica em enfermagem, mãe de Débora Quésia de Oliveira Rodrigues, 17, que veio de Porto Velho, Rondônia, para um transplante de rim. “Sinto muita saudade de casa, mas sei que é importante para melhorar minha saúde e gosto muito daqui. Quero voltar a estudar e à minha vida normal”, diz a jovem.

Luene destaca a qualidade da alimentação para os acolhidos e que gosta de comer o feijão preto, não tão comum na alimentação do Norte, onde se usa mais outros tipos do alimento. São servidas no local 190 refeições por dia, incluindo café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.


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