Nível do rio Uruguai volta a crescer em Itapiranga e Alto Uruguai

Nível do rio Uruguai volta a crescer em Itapiranga e Alto Uruguai

Corrente de água segue crescendo Itaqui e Uruguaiana

Fred Marcovici

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Ontem o rio Uruguai oscilou nas cidades da cabeceira. Nas últimas 24 horas, voltou a crescer em Itapiranga e Alto Uruguai e manteve o recuo desde Porto Mauá até São Borja. Apenas em Itaqui e Uruguaiana, o nível da água avança. A extensão da linha do rio Uruguai conta com 8.321 atingidos de “alguma maneira” pela cheia.

Em Itaqui o rio registra 13,02 m, ultrapassando a cota de inundação, que é de 8,30 m, e segue em elevação. A medida superou o pico de 12,61 m, de 25 de outubro último. De acordo com o levantamento atual são 1.115 pessoas atingidas, dividindo-se em 96 casas volantes que foram mais de uma vez remanejadas no último mês e 304 moradias fixas alagadas ou em situação de risco. São 81 pessoas assistidas no Ginásio Castelo Branco e nas Escolas Otávio Silveira e Vicente Solés, além de 1.034 desalojados. O DNIT por medida preventiva ainda mantém interrompido o tráfego na Ponte do Ibicuí (que liga Uruguaiana a Itaqui), por prazo indeterminado.

Em Uruguaiana, o rio mede 11,96 m, superando a cota de inundação, que é de 8,50 m, e crescendo. São 5.646 atingidos, sendo 264 desabrigados em seis alojamentos, 1.935 desalojados e os demais são aqueles prejudicados de alguma forma pelas águas. O coordenador da Defesa Civil municipal, Paulo Woutheres, reitera que as pessoas permaneçam fora das moradias atingidas e reforçou que as águas devem manter o crescimento no município. A projeção é de que até o final da tarde desta sexta-feira o rio supere os 12,15 m, marca da segunda maior cheia da história da cidade. A Vila de São Marcos está isolada. O número de ruas alagadas é crescente na cidade.

Em São Borja, o rio mede 13,89 m, ultrapassando a cota de inundação que é de 9 m, e com viés de baixa. O pico atingiu 15,05 m. Há 1.560 pessoas afetadas, de 386 famílias fora de casa. Os 170 desabrigados estão sendo atendidos em 10 locais montados pelas autoridades e há aqueles que permanecem em barracas por precaução. Os 1.390 desalojados estão em parentes e amigos.

A orientação é de que os ribeirinhos fiquem fora de casa, salienta Moacir Tiecher, coordenador municipal da Defesa Civil. “Ruas dos bairros do Passo, Itacherê, Vila Santa Rosa, Promorar e entorno estão encobertas pelas águas”. Tiecher também pontua ser uma das inundações mais longas do município.

Em Barra do Quaraí, divisa com o Uruguai, o rio Quaraí mede 9,64 m, superando a cota de cheia que é de 8,50m e crescendo. As 18 famílias desalojadas e duas desabrigadas assistidas pelo município, somando 59 pessoas, aguardam pelo retorno às casas.


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