Tráfego na Ponte do Ibicuí é liberado pelo Dnit

Tráfego na Ponte do Ibicuí é liberado pelo Dnit

Após vistoria do departamento e verificação do nível do rio, a estrutura que liga Uruguaiana e Itaqui teve o trânsito liberado

Fred Marcovici

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Na Fronteira-Oeste do RS, equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após vistoria, decidiu liberar nesta manhã o tráfego de veículos e pessoas na Ponte do Ibicuí, que liga Uruguaiana e Itaqui, pela BR 472. A estrutura está com o trânsito interrompido desde o último dia 22 de novembro devido a elevação do nível do Rio Ibicuí. Um alívio, principalmente, para os transportadores de cargas internacionais.

Já em Uruguaiana, de acordo com o coordenador da Defesa Civil municipal, Paulo Woutheres, a corrente de água segue recuando, medindo na manhã desta quarta-feira 11,62 m, depois do pico de 12,36 m (cota de inundação 8,5 m). Há 285 desabrigados assistidos em seis alojamentos montados pelos grupos de apoio e 6.029 desalojados em casas de parentes, amigos, vizinhos e dezenas de barracas.

Ao todo, segundo as equipes de trabalho, são 21,3 mil pessoas afetadas de alguma maneira pela cheia deste mês. Um forte odor predomina na maioria das áreas em que o rio desce, resultado do tempo em que materiais ficaram debaixo d’água.

Também no baixo Uruguai, Itaqui registra 11,24 m (cota de inundação 8,30 m) mantendo a baixa. O levantamento atual aponta 1.118 atingidos, dividindo-se em 96 casas volantes tracionadas e 304 moradias fixas alagadas ou em situação de risco. São 84 pessoas assistidas no Ginásio Castelo Branco – Castelão e nas Escolas Otávio Silveira e Vicente Solés, além de 1.034 desalojadas.

Em São Borja, o rio mantém o declínio consistente e mede 9,86 m (cota de inundação 9 m). O pico atingiu 15,05 m, na última semana. A limpeza do espaço do Cais do Porto prossegue visando a retomada das atividades dos bares e quiosques do local. Há oficialmente 1.512 pessoas afetadas, de 418 famílias que estão fora de casa. Os 170 desabrigados são assistidos em 10 locais montados pelos órgãos de apoio. Os 1.342 desalojados foram para parentes e amigos.

Segundo Moacir Tiecher, coordenador da Defesa Civil municipal, o retorno se dará apenas quando o rio estiver nos 9 m. “O que não impede que muitas famílias possam voltar para casa por conta própria”, diz. Com a estabilidade climática o transporte das famílias poderá iniciar na manhã da quinta-feira, conclui.

Em Barra do Quaraí, divisa com o Uruguai, o rio Quaraí mede 9,92 m, descendo (cota de cheia 8,50 m), as 21 famílias desalojadas e duas desabrigadas assistidas pelo município, somam 100 pessoas aguardando pelo retorno às casas. No Norte e Noroeste do RS, a partir de Itapiranga até Garruchos o rio oscila.


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