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Verão

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Com hospitais ainda sob pressão, RS segue todo em bandeira preta pela 6ª semana

Municípios poderão adotar protocolos mais flexíveis com a cogestão regional

Fluxo de pessoas na região central de Porto Alegre foi intenso devido ao feriado de Páscoa | Foto: Guilherme Almeida

Apesar do Gabinete de Crise ter apontado redução em dois dos 11 indicadores analisados, o governo gaúcho decidiu nesta sexta-feira por manter todas as regiões em bandeira preta na 48ª rodada do Distanciamento Controlado. Com isso, esta será a sexta semana consecutiva em que todas as 21 regiões Covid terão mapa definitivo em bandeira preta, sem a possibilidade de pedido de reconsideração da leitura. No entanto, as regiões ainda poderão adotar protocolos mais flexíveis graças à retomada do sistema de cogestão, desde 22 de março

De acordo com o Gabinete de Crise, o Rio Grande do Sul ainda vive um cenário crítico da pandemia. Apesar da redução na velocidade de propagação e no número de internados, o sistema hospitalar segue sob pressão fortíssima, o que se traduz na elevada quantidade de mortes – o mês de março foi o mais letal. O aumento no número de óbitos na semana foi bastante expressivo, com crescimento de 16% de uma semana para outra – de 1.824 para 2.124. É o maior registro em uma semana desde o começo da pandemia.

A ocupação próxima a 100% indica forte pressão sobre o sistema hospitalar, e isso significa que a operação segue acima da capacidade indicada em algumas regiões do Estado. Ou seja, quem precisar de atendimento ainda encontrará uma rede hospitalar lotada.

Na contramão, a análise técnica do Gabinete de Crise chamou a atenção para a redução em dois indicadores. De acordo com os dados, houve redução no número de confirmados com Covid-19 em leitos clínicos (-20%), assim como leve queda no número de internados pela doença em leitos de UTI (-4%).

Todas as regiões estariam em bandeira vermelha

Pelas médias ponderadas finais de cada região, as 21 regiões Covid estariam em bandeira vermelha, que indica risco alto para o coronavírus. No entanto, devido ao acionamento da salvaguarda estadual, implementada na 43ª rodada, todas as regiões ficaram em bandeira preta. A ferramenta leva em consideração a razão de leitos livres de UTI sobre leitos ocupados por Covid em UTI. Quando a razão estiver menor ou igual a 0,35 a nível estadual, a salvaguarda é acionada, e se sobrepõe a todas as outras regras.

As regiões de Santa Rosa, Ijuí e Cruz Alta registraram a menor média ponderada final da rodada, de 1,98. A região de Cachoeira do Sul teve a mais alta média final, de 2,45, seguida por Capão da Canoa, cuja média ficou em 2,43.

O ajuste no modelo foi considerado necessário porque, quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, alguns dados podem sofrer atrasos de preenchimento devido à sobrecarga das equipes e, além disso, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. Esse aprimoramento visa melhor refletir e evitar o esgotamento de leitos.

Correio do Povo