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Dmae não esperava elevação do Guaíba, mas avalia que fechamento das comportas foi dentro do prazo

Diretor-geral do departamento ressaltou que órgãos responsáveis pelo monitoramento acompanharam a situação desde a noite de domingo

Servidores da prefeitura tiveram que usar um caminhão munck para erguer o portão, além de um guindaste, para fazer o fechamento da comporta | Foto: Jonathas Costa / Especial / CP

O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos, Mauricio Loss, admitiu que os órgãos que acompanham os efeitos da chuva e a evolução de crescimento da água do Guaíba não esperavam pelo extravasamento nesta segunda-feira. Mesmo assim, para Loss, o fechamento das comportas 12 e 14 de Porto Alegre correu dentro do esperado e não gerou problemas para a cidade.

“O fechamento das comportas ocorreu hoje porque todos os prognósticos no dia de ontem não apontavam essa elevação do Guaíba na madrugada e na manhã de hoje. Não apontava que iria subir tanto. Isso também foi dito pela avaliação da prefeitura de Porto Alegre, do Dmae e da sala de situação do Governo do Estado. Nós tínhamos conversado também com a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), que falou também com marinheiros, que também vinha monitorando os níveis, e os prognósticos não apontavam. Então, monitoramos durante a noite e na madrugada. Hoje pela manhã iniciamos o fechamento. Fechamos a tempo e a cidade não está alagada por conta disso. Não houve demora no fechamento”, afirmou Loss.

O diretor do Dmae também destacou que a decisão de fechar os dois portões precisa ser tomada com cuidado, pois os dois são vias importante de acesso a Porto Alegre e também ao porto da Capital. “Trancamos muito o desenvolvimento da cidade e a chegada e saída de navios do porto, pois são por esses portões que chegam e saem carretas e caminhões. Então, não podemos tomar uma decisão muito antecipada. Temos que tomar com cautela”, declarou.

Às 22h15min de domingo, o Guaíba media 2,74 metros no Cais Mauá, de acordo com a régua automática SEMA, 26 centímetros abaixo da cota de inundação. Às 6h, chegou a 2,96 metros e por volta das 8h alcançou a cota de transbordamento no Centro Histórico, de 3m. Ao atingir a altura, começou o processo de fechamento das comportas. Novamente, o Dmae teve dificuldades para fechar os portões 12 e 14, mas, de acordo com a direção, tudo dentro da normalidade.

Loss falou ainda sobre a dificuldade de fechar os dois portões, que estão fora dos trilhos. “Eles estão em manutenção. Estamos mudando o mecanismo deles. Fizemos a contratação de um novo e está sendo providenciado. Sabíamos que eles estavam fora dos trilhos, mas também sabíamos que, se houvesse a necessidade, tínhamos como fechar com o auxílio de guindastes e muncks. Sabíamos que não íamos deixar a cidade descoberta, pois tínhamos condições de fazer o fechamento as comportas e é o que fizemos. A decisão foi tomada em um tempo adequado, com cautela, discussão entre o governo, sala de situação do governo do Estado. Estamos muito seguros das nossas decisões e protegendo a cidade de uma inundação nos próximos dias”, concluiu o diretor-presidente.

No domingo, a Metsul Meteorologia destacou que o Guaíba subia rapidamente e que não se podia descartar que ele chagasse a cota de transbordamento de 3 metros no Cais. “Se não alcançar, deve chegar perto”, publicou em seu site.

Correio do Povo