O Governo Federal reconheceu a situação de emergência na área rural de Caxias do Sul em função da estiagem. O município havia publicado um decreto no dia 7 de janeiro deste ano, quando um levantamento apontou perdas econômicas no valor de R$ 131,2 milhões. Foram perdidos quase 69 mil toneladas de diferentes culturas, além de produção leiteira. O Governo do Estado havia homologado a situação no dia 19 de janeiro.
Para o titular da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA), Rudimar Menegotto, o reconhecimento por parte da União vinha sendo aguardado com muita expectativa, tanto pelo Poder Público Municipal, como pelos agricultores atingidos pela seca. “A partir de agora produtores rurais podem agilizar processos como renegociação de seus financiamentos agrícolas, prorrogando as parcelas em função das perdas”, diz. Segundo Menegotto, o objetivo é amenizar os prejuízos que os agricultores tiveram.
As perdas mais significativas concentraram-se em quatro atividades: olericultura, com R$ 40,5 milhões; milho, R$ 29,2 milhões; uva, R$ 25,5 milhões; e maçã, R$ 21 milhões. O valor restante, de R$ 15 milhões, está dividido em mais oito atividades. Comparado à expectativa de produção, a maior perda foi no milho, com 50%. Nas demais, os índices variam de 15% a 30%. O relatório ainda mostrou que diversas propriedades tiveram problemas para a dessedentação de cerca de mil animais.
Desde que a seca se agravou, a Smapa trabalha para reduzir os efeitos da estiagem no interior do Município. Nas últimas semanas, os servidores têm atuado na proteção de fontes e na limpeza de bebedouros para matar a sede dos animais. Ao todo foram mais de 90 ações nos distritos de Criúva, Vila Seca e Santa Lúcia do Piaí.
Celso Sgorla