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Especial

Prefeitos buscam apoio do Estado e da União para enfrentar a crise do transporte metropolitano

Chefes do Executivos municipais devem se encontrar com o governador Eduardo Leite na próxima semana

São Leopoldo inicia semana com aumento na passagem de ônibus | Foto: Rodrigo Machado / Divulgação / CP

Prefeitos da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal) se reuniram no sábado para debater a crise do transporte metropolitano, que está sob ameaça de paralisação. A reunião emergencial convocada pelo presidente da entidade e prefeito da Capital, Sebastião Melo (MDB), entrou em consenso de que o entrave precisa ser dividido com o governo federal e com o governo do Estado, responsável pelas concessões.

O conjunto de líderes municipais deve se encontrar com o governador Eduardo Leite para buscar uma saída coletiva na próxima semana. A curto prazo, a proposta é que o Piratini isente o ICMS do diesel e outros insumos do transporte, garantindo a redução dos custos de operação. Chamar a gestão estadual e a União para participar desta construção está na pauta na Granpal.

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul também se soma ao debate. Por iniciativa da deputada estadual Patricia Alba (MDB), a pauta proposta pelos prefeitos será discutida em audiência pública.

“Este debate é da sociedade. Hoje, a passagem está cara e as linhas reduzidas. O resto do mundo já resolveu esse problema e o Brasil ainda não. Esse debate não é isolado nosso, precisa ser do país”, afirmou Melo. Ele disse, ainda, que tem discutido com prefeitos de diversas capitais o assunto e que buscará dar eco à pauta em Brasília com apoio da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), reforçou que o problema vai se agravar, caso não surja uma solução efetiva. “A crise é profunda e o problema deve ser compartilhado”, enfatizou. Já o líder do Executivo de Gravataí, Luiz Zaffalon (MDB), disse que atualmente o número de usuários corresponde a 40% do que havia em 2013.

“Essa é a realidade de praticamente todas as cidades. O sistema faliu. Precisamos criar o SUS do transporte público, com a participação de todos entes federados”, defendeu. “Toda população metropolitana vai e vem de Porto Alegre e, mesmo que andem de trem, antes de chegar na linha do trem, pegam o transporte municipal. É integrado na necessidade, mas desintegrado no planejamento e na operação”, defende o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues (Progressistas).

A preocupação do conjunto de prefeitos também é pelo aumento do problema social que uma greve pode acarretar. “O trabalhador anda de ônibus e se o transporte parar, tudo para: saúde, economia, comércio”, salienta. A deputada estadual Patrícia Alba disse que a paralisação pode comprometer 60% do transporte de uma região que possui mais de 3 milhões de habitantes. “O problema é profundo e urgente. Passa pelas prefeituras, mas também pela Assembleia, pelo Estado e pela União”, argumenta.

Na semana passada o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais, de Turismo e Fretamento da Região Metropolitana (SindiMetropolitano) chegou anunciar paralisação total dos serviços para esta semana. Entretanto, uma reunião na sexta-feira com o Governo do Estado, Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e com o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do RS (SETERGS), definiu-se para suspensão do movimento grevista.

Fernanda Bassôa