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Rodoviários de São Leopoldo rejeitam proposta da patronal e seguem em estado de greve até sexta

Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários do município, Wilson Caetano, espera que haja um entendimento entre as partes

Reunião terminou sem consenso | Foto: Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Leopoldo / Divulgação / CP

Os trabalhadores do transporte coletivo municipal de São Leopoldo rejeitaram em assembleia com a categoria realizada na noite de segunda-feira a proposta da patronal de reajuste salarial de 7% a partir de 1° de julho e 4,90% a partir de 1° de novembro, totalizando o INPC, de forma parcelada. A mesma forma de reajuste foi sugerida para o vale-refeição. De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Leopoldo, Wilson Caetano, os trabalhadores decidiram pela manutenção do estado de greve até a próxima sexta-feira, quando acontece uma nova mediação com a Justiça do Trabalho e as partes envolvidas, marcada para 17 horas. “ 

“A patronal oferece reajuste a partir de julho, sendo que a data base é junho. Queremos o INPC de 11,90% imediato e retroativo a 1° de junho, à vista. Nada de parcelamento. Esperamos que até sexta-feira (8) as negociações avancem. O que for apresentado na mediação, levaremos para a assembleia, que deve iniciar às 20h30 de sexta. Caso não apresentem soluções, deflagraremos a greve. Caso se decida pela paralisação, esta deve acontecer a partir de 25 de julho, Dia do Motorista.” Caetano explica que a classe é solidária à questão da pandemia e tem consciência de que o setor passa por dificuldades. “Sabemos que este é um período de retomada. Tanto é que inicialmente estávamos pedindo uma reposição de 27%. Estamos flexíveis, mas queremos que a data base seja respeitada e queremos nosso reajuste à vista.” 

Ele disse ainda que espera que haja um entendimento entre as partes e que a greve é a última trincheira para a luta do movimento trabalhista. “É legítima, mas prejudicial para a comunidade. Estamos que o Consórcio e o poder público se sensibilizem com a nossa causa, pois os trabalhadores estão no seu limite.” Segundo ele, atualmente, aguardam pelo reajuste salarial cerca de 200 a 250 rodoviários leopoldenses. Outro encaminhamento da audiência, que teve representantes do Consórcio, Sindicato e Prefeitura, foi o subsídio do Município. Conforme ata da audiência, Prefeitura e Consórcio irão se reunir nos próximos dias para tratar do subsídio.  

Prefeitura garante buscar soluções

Procurada, a Prefeitura de São Leopoldo informou que "com relação ao tema do transporte público, a Administração recebeu o conjunto da solicitação das empresas no sentido de reajustar o valor da tarifa, que, de acordo com o Consórcio detentor da concessão, ultrapassaram os R$ 6,00, para atender as necessidades das despesas com o custeio e a manutenção do serviço. No entanto, por parte da Prefeitura de São Leopoldo todos os esforços vêm sendo buscados no sentido de encontrar alternativas para que esse reajuste não recaia sobre a população usuária do transporte. É importante frisar mais uma vez a total falta de políticas públicas e ações efetivas, ou mesmo a devida atenção dos governos federal e estadual para a crise do sistema que é gravíssima".

Algumas rodadas de reuniões entre representação da Prefeitura com o Consórcio do transporte foram realizadas, uma reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) será agendada para os próximos dias, e oportunamente apresentado as condições para evitar o reajuste nos níveis solicitados. Ademais, temos acompanhado as audiências dos trabalhadores em processo de dissídio da categoria e acreditamos que as partes cheguem a um acordo para garantir o reajuste daqueles adequado daqueles que trabalham no dia-a-dia para prestar esse serviço e manter a população atendida. 

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Vale do Sinos, Eder Scherer, que responde pelo Consórcio, informou que seguirá negociando até encontrar uma alternativa que atenda a demanda da categoria. “Vamos buscar soluções viáveis, entre eles, o subsídio do passe livre que é uma alternativa a ser acordada com a Prefeitura de São Leopoldo.”

Fernanda Bassôa