É possível reverter a queda do PIB brasileiro, diz Nelson Barbosa
Ministro disse que estratégia será apostar bastante no modelo de concessão
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Em setembro deste ano, o governo federal divulgou estimativas de uma queda maior do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e riquezas produzidos em um país). Em lugar da retração de 1,49%, a equipe econômica passou a trabalhar com uma possível contração de 2,44%. As mudanças estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do quarto bimestre, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Barbosa disse que, como toda projeção, a estimativa do governo também está sujeita a revisões."Estamos trabalhando para que o crescimento se recupere o mais rápido possível. É bom lembrar que essas projeções são atualizadas toda semana pelo boletim do Banco Central Focus [que divulga sondagens feitas analistas do mercado financeiro] e essas projeções indicam que podemos recuperar o crescimento mais rapidamente e estamos trabalhando para isso", afirmou.
O ministro deu essas informações ao participar do Fórum Sobre Infraestrutura de Transportes, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Eleacredita que a retomada dos investimentos neste setor é que vai ajudar a reaquecer a economia. Questionado sobre o interesse dos investidores em relação ao Brasil, em um momento de demanda fraca no mercado interno, Nelson Barbosa observou que a compensação deve ser feita por meio das exportações.
Na análise de Barbosa, o câmbio tem favorecido o comércio brasileiro no exterior, que já sente também os benefícios da recuperação no mercado mundial. Ele acredita que, com a possível a retomada dos investimentos em infraestrutura, a economia brasileira terá uma estabilidade em um primeiro momento e, em seguida, passará por um processo de recuperação.
A estratégia, disse ele, será "apostar bastante no modelo de concessão, principalmente, e nas concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que já existem e precisam ser expandidas e melhoradas. Esse tipo de investimento tem um risco menor, possibilita uma receita já imediata e atende a uma demanda reprimida".
Ao falar no Forum, o ministro destacou que o governo está realizando ajustes no modelo de infraestrutura visando tornar as ofertas de licitação mais atraentes, principalmente para estrangeiros.