Ações da Taurus despencam após Bolsonaro assinar decreto de armas

Ações da Taurus despencam após Bolsonaro assinar decreto de armas

Papéis preferenciais da empresa armamentista entraram em leilão nesta tarde ao cair 17,71%

AFP

Movimento de queda se consolidou uma vez confirmada a assinatura do presidente Jair Bolsonaro

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Depois de ultrapassar 4% de alta na manhã desta terça-feira as ações da Taurus Armas passaram a despencar, com os investidores se livrando dos papéis em reação à perspectiva de maior concorrência no setor. Segundo declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a abertura de mercado para a produção de armas no País está em estudo pelo governo.

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Os papéis preferenciais da Taurus entraram em leilão nesta tarde ao cair 17,71%. Os papéis ordinários também entraram em leilão com queda de 16,85%. Já a Bolsa aprofundou a queda nos últimos minutos, e opera em baixa de 1,14%, aos 93.401 pontos. No mesmo horário, o dólar renovou máximas, em valorização de 0,69%, aos R$ 3,72. Nem mesmo as máximas atingidas pelos principais índices do mercado acionário em Nova York foram capazes de fazer o Ibovespa passar a operar no positivo em um dia sem fôlego, após renovar sucessivas máximas históricas nos últimos pregões.

Pouco antes do fechamento deste texto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o presidente Jair Bolsonaro só deve bater o martelo no texto da reforma da Previdência após voltar de Davos (Suíça) no final da semana que vem.

Decreto sobre armas

O movimento de queda se consolidou uma vez confirmada a assinatura do presidente Jair Bolsonaro. Entre as mudanças, foi ampliado o prazo de validade do registro de armas para 10 anos, tanto para civis como para militares, e houve a flexibilização no requisito legal de o interessado comprovar da "necessidade efetiva" para a obtenção da posse. Pelas novas regras, bastará argumentar que mora em cidade violenta, em área rural ou que é agente de segurança, para satisfazer o requisito, que era alvo de críticos do Estatuto do Desarmamento.

Ficou de fora um ponto que era defendido pelos setores armamentistas e pela bancada da bala na Câmara dos Deputados: a anistia para quem perdeu o prazo para recadastramento, que acabou em 2009. Embora o próprio Jair Bolsonaro seja a favor dessa modificação, a conclusão da equipe jurídica é que essa medida demanda alteração legislativa, o que só poderia ser feito por meio de medida provisória ou de projeto de lei, portanto, em etapa posterior.

O deputado Paulo Pimenta afirmou que o PT vai entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto assinado nesta terça-feira que facilita posse de armas. 


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