Agência de risco mantém Brasil afastado de grau de investimento

Agência de risco mantém Brasil afastado de grau de investimento

Fitch aponta endividamento do governo, fraco potencial de crescimento econômico e cenário de obstáculos políticos como principais fatores

AE

Agência de risco manteve país afastado de grau de investimento

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A agência de classificação de risco Fitch reafirmou o rating do Brasil em BB-, perspectiva estável, e apontou que a nota soberana está "limitada pelo alto e ascendente endividamento do governo, estrutura fiscal rígida, fraco potencial de crescimento econômico" além de um cenário de obstáculos políticos, que incluem "Congresso fragmentado e questões relacionadas à corrupção, que impõem dificuldades no progresso de reformas fiscais e econômicas".

A Fitch apontou que o rating do Brasil é apoiado pela grande e diversa economia do País, elevada renda per capita em relação a países com o mesmo nível de nota soberana "capacidade para absorver choques externos com base na taxa de câmbio flexível, baixos desequilíbrios externos" e dívida pública negociada basicamente por investidores locais.

Dívida pública

A Fitch apontou que a dívida pública do Brasil é elevada, ao redor de 79% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, acima do patamar de 46,7% registrado por países que possuem também a nota BB, e tal passivo deve continuar a subir na próxima década.

A agência de rating estima ainda que será necessário uma melhora do resultado primário próximo a 3% do PIB para estabilizar a dívida pública como proporção do PIB, o que "poderá ser desafiador no atual ambiente de baixo desempenho do crescimento e divisão política, a menos que ocorra uma elevação da tendência do crescimento" ou uma redução nos juros cobrados sobre esse passivo do Poder Executivo.

A Fitch projeta que o déficit nominal deverá ficar pouco abaixo de 7% do PIB em 2019, mas continuará relativamente elevado em comparação com o nível de 3% do PIB em países com avaliação BB. Ainda de acordo com a agência, tal indicador deve ficar pouco acima de 6% do PIB em 2020-2021, refletindo um ritmo gradual de consolidação fiscal.

Para a instituição neste ano, o déficit primário deverá ter um desempenho mais favorável do que a meta devido a recursos não recorrentes obtidos com leilões da área do petróleo na semana passada, embora ressalte que tal evolução "não representa uma melhora estrutural das finanças públicas".


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