Após 15 semanas seguidas de queda, gasolina volta a subir em todo o país e supera R$ 5

Após 15 semanas seguidas de queda, gasolina volta a subir em todo o país e supera R$ 5

Aumentos ocorrem mesmo sem haver reajustes da Petrobras nas refinarias

AE

publicidade

O aumento no preço da gasolina voltou a ser realidade nesta semana em todo o País, após 15 semanas seguidas de queda. Conforme dados compilados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro da comum superou R$ 5 em seis capitais. Em Salvador (BA), o preço médio do litro da gasolina comum chegou a R$ 5,56, enquanto em Natal (RN) passou para R$ 5,44. Os valores também estão mais altos no Distrito Federal, em Rio Branco (AC), em Manaus (AM) e em Palmas (TO). Em Brasília, onde o litro da gasolina chegou a ser encontrado por cerca de R$ 4,80, agora está em cerca de R$ 5,09 (ver tabela abaixo, com dados da ANP).

Os aumentos ocorrem mesmo sem haver reajustes da Petrobras nas refinarias. O governo tem atuado politicamente sobre a diretoria da estatal para que não aumente preços até a votação de 30 de outubro. A queda no preço dos combustíveis é uma das principais bandeiras que a campanha do presidente Jair Bolsonaro tem utilizado para sinalizar à população que o governo tomou medidas para reduzir o valor do insumo. A zeragem de impostos federais contribuiu para a queda de preços, além da redução dos impostos estaduais, mas também contribuiu para o cenário o fato de o preço do barril do petróleo ter caído nos últimos meses. Nas últimas semanas, o preço do petróleo voltou a subir, e a Petrobras, embora tenha como regra seguir as oscilações dos preços internacionais, tem evitado o reajuste nas refinarias. Ainda assim, o valor na bomba vem aumentando.

Em média, o preço médio de revenda da gasolina comum subiu 1,46% nesta semana, em relação à anterior, chegando a R$ 4,86 por litro. Em relação ao preço médio dos últimos 12 meses, acumula queda de 23,10%. A defasagem dos preços internos da gasolina e do diesel em relação à média mundial já dura 10 dias, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). 

Defasagem de 8,82% eleva pressão sobre a Petrobras

Os dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) mostram que, até a quarta-feira, o preço da gasolina praticado pela Petrobras acumulava uma defasagem de 8,82% em relação ao preço internacional. No caso do diesel, a Petrobras tem mantido o valor do litro 11,19% mais barato do que o valor da média mundial. Essa situação só se inverte quando se trata do gás de cozinha, o GLP, que hoje está 40,10% mais caro do que o gás consumido fora do Brasil.

A Petrobras, como empresa de economia mista, tem hoje como regra seguir as oscilações dos preços internacionais, ou seja, acompanhar o câmbio e as variações do mercado mundial de petróleo, repassando esses preços ao mercado nacional. Bolsonaro tem reiterado que baixou os preços do combustível sem dar uma "canetada" no setor, ou seja, sem ter feito intervenção política nos custos praticados pela Petrobras. O fato, porém, é que a empresa tem segurado os reajustes - os preços seriam ainda mais altos do que os atuais (ver tabela).

Ao ser questionada, a estatal tem mantido o discurso de que "segue monitorando continuamente o mercado e os movimentos nas cotações de mercado do petróleo e dos derivados, que atualmente experimentam alta volatilidade".


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895