Após dois anos de perdas, comércio está otimista com expectativa de vendas no Natal

Após dois anos de perdas, comércio está otimista com expectativa de vendas no Natal

Consumidores devem gastar em média R$ 180,00

Felipe Samuel

A expectativa é que a data tenha um incremento de até 10% na comparação com 2021

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Considerado o principal momento do ano para o comércio, o Natal deve movimentar R$ 5,4 bilhões no Rio Grande do Sul, conforme levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS). Após dois anos de perdas, os lojistas apostam no aumento das vendas. A expectativa é que a data tenha um incremento de até 10% na comparação com 2021, o que pode resultar no melhor desempenho desde 2020. Em média, os consumidores devem gastar R$ 180,00 em presentes.

Os produtos mais procurados devem ser aqueles que tradicionalmente são buscados pelos consumidores, como roupas, calçados, produtos de beleza e perfumaria para os adultos e brinquedos para as crianças. Entre os dados apontados pela FCDL para o aumento do consumo estão fatores como a normalização da circulação dos consumidores nas lojas, a evolução dos indicadores de empregos e o pagamento do 13º salário para funcionários públicos e da iniciativa privada.

O presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, afirma que a desoneração das alíquotas de ICMS, que reduziu custos e preços de forma geral no Rio Grande do Sul, favorece o consumo. “Esperamos que isso seja mantido para o próximo ano e que não aconteça aumento das alíquotas do tributo”, frisa. Segundo Koch, as vendas poderiam ser ainda maiores caso o crédito não estivesse encarecido e as famílias tivessem menor comprometimento de sua renda com dívidas. “Isso acaba inibindo o consumo de bens com maior valor agregado e direciona as compras para artigos mais populares”, completa.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL) avalia que a perspectiva para este ano é boa, mas mantém cautela quanto às projeções sobre o desempenho do setor. Para o presidente da entidade, Irio Piva, deve haver uma leve melhora em relação ao ano passado. “Houve uma melhoria no índice de emprego significativa, principalmente no Rio Grande do Sul, onde estamos vivendo um momento de pleno emprego. E isso é bom. Por outro lado, tem os efeitos da inflação, que corrói o poder de compras das pessoas”, adverte.

Apesar do orçamento apertado das famílias em função dos efeitos da inflação, Piva lembra que o comércio teve um ano inteiro de liberações, após enfrentar restrições para abertura em decorrência da pandemia. Sobre a perspectiva de vendas, Piva afirma que mantém “otimismo moderado” e destaca que este ano as pessoas devem dar um número maior de presentes em relação ao ano anterior. “Vai ser um Natal sem sobressaltos. Não vai ser ruim com certeza, mas não é aquele que vai vender muito”, observa. 

O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas) afirma que a intenção de compra para o Natal prevê que o tíquete médio na compra do presente deve ficar em R$ 184,00 neste ano de 2022, 7,0% acima do ano passado, considerando a inflação do período. De acordo com sondagem realizada pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas, o setor varejista deverá injetar cerca de R$ 549 milhões na economia. A pesquisa aponta que 39,1% dos entrevistados pretendem gastar mais do que o ano anterior, e cerca de 29%, responderam que devem manter o valor gasto em 2021.

Conforme o levantamento, para 55,7% dos entrevistados, o preço é o que deve pesar na compra do porto-alegrense, seguido pelo conhecimento do gosto do presenteado e a qualidade do produto. A pesquisa destaca ainda que seis entre 10 consumidores devem dar roupas de presente. Brinquedos e calçados completam a lista dos produtos top 3. 

O presidente do Sindilojas, Arcione Piva, afirma que os dados da pesquisa trazem otimismo para as compras do Natal. “Os números mostrados pela nossa pesquisa atingem a expectativa que o mercado aguardava, de um crescimento nas vendas, nada excepcional, mas ainda assim, um aumento, o que traz um certo alívio para os lojistas”, ressalta. 


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