Bilionários do mundo devem pagar justa contribuição em impostos, diz Haddad

Bilionários do mundo devem pagar justa contribuição em impostos, diz Haddad

Ministro da Fazenda deu declaração em reunião com dirigentes de finanças do G20

Estadão Conteúdo

Haddad sugere maior envolvimento de bilionários do mundo no pagamento de impostos

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Na abertura da reunião de ministros de finanças do G20 em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre tributação progressiva e a ideia para que bilionários do mundo contribuam para o pagamento de mais impostos. O objetivo é a resolução de questões globais.

"Precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos. Acreditamos que uma tributação mínima sobre a riqueza poderá contribuir para as questões globais", explicou o ministro nesta quarta-feira, reiterando que a presidência brasileira do G20 vê a questão da dívida global como essencial.

A iniciativa da presidência brasileira do grupo das vinte economias mais ricas do mundo (G20), de centrar esforço no combate à desigualdade e à pobreza, foi o fio condutor do discurso de Haddad.

"A nossa proposta é centrar na desigualdade", disse Haddad, reforçando que esta ideia partiu do presidente Lula desde antes de o Brasil assumir a presidência rotativa do G20. O ministro brasileiro fez seu discurso remotamente porque foi diagnosticado com Covid-19 nessa segunda-feira.

Haddad falou sobre vários temas que, segundo ele, culminaram na crise econômica global de 2008 e expuseram a limitação do atual modelo de globalização. Segundo o ministro, é hora de redefinir a globalização e buscar as melhores oportunidades, definidas não mais pela lucratividade imediata, mas pelos benefícios sociais e ao meio ambiente.

"Vamos promover desenvolvimento sustentável. Acreditamos que desigualdade deva ser tratada como variável fundamental para políticas econômicas, trazendo ferramentas mais apropriadas para isso", disse o ministro brasileiro emendando que ao longo do dia o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, guiará discussões neste sentido, "incluindo um debate honesto sobre nossas perspectivas para o médio e longo prazo".

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