BNDES avança na venda de ação da Petrobras

BNDES avança na venda de ação da Petrobras

Banco tentará vender de uma vez um pouco menos da metade de sua participação na petroleira, avaliada em torno de R$ 56 bilhões

AE

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu mais um passo para vender todas as suas ações ordinárias (com voto) da Petrobras, numa oferta global nas bolsas de São Paulo e Nova York, que poderá movimentar R$ 23,5 bilhões, conforme as cotações da última sexta-feira. Em documento publicado nos Estados Unidos, também na sexta-feira, a Petrobras confirmou que o BNDES tentará vender de uma vez um pouco menos da metade de sua participação na petroleira, avaliada em torno de R$ 56 bilhões. A venda deverá ser concluída no início de fevereiro, como revelou a 'Coluna do Broadcast' na semana passada.

Em meados de dezembro, a Petrobras comunicou ao mercado que o BNDES tinha iniciado os procedimentos para fazer a oferta. O primeiro passo foi a autorização dada pelo Conselho de Administração do banco. O aval permitia à diretoria do BNDES se desfazer de "até a totalidade" das ações ordinárias, mas o documento publicado nos EUA, que é preliminar, confirma a intenção de vender tudo de uma vez. Além das ONs, o BNDES tem mais R$ 32,4 bilhões em ações preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras. Esses papéis serão vendidos em operações em bolsa. A autorização do conselho do BNDES para as vendas das PNs vale por seis meses.

Segundo o documento divulgado nos EUA, a venda das ações ocorrerá simultaneamente em São Paulo e em Nova York, onde as ações da Petrobras são negociadas por meio de títulos específicos que representam os papéis negociados no Brasil. A oferta nas duas bolsas é importante para o BNDES vender todas as ações ON em uma única operação. O BNDES já tinha indicado que faria a oferta também no exterior. Quando selecionou os bancos de investimento que trabalharão na oferta, o banco de fomento escolheu uma instituição estrangeira como líder.

Os coordenadores da operação são Credit Suisse, Bank of America, Bradesco BBI, Banco do Brasil, Citigroup, Goldman Sachs, Morgan Stanley e XP Investimentos, como também antecipou a "Coluna do Broadcast". Plano. A confirmação da megaoferta de ações da Petrobras reforça a estratégia do BNDES de acelerar a redução de sua carteira de participações acionárias, hoje avaliada em R$ 120 bilhões.

Logo que assumiu o cargo, em julho, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, colocou a aceleração do enxugamento da carteira, que já vinha desde 2018, como uma de suas metas. Após mudar as regras internas da gestão da carteira, Montezano sinalizou a intenção de reduzir o montante investido em 80% até 2022. Uma semana antes do Natal de 2019, o banco se desfez de sua participação na Marfrig, embolsando R$ 2 bilhões. Para este ano, além da Petrobras, o BNDES programa vender metade de sua fatia na JBS, em uma operação de cerca de R$ 8 bilhões, além de ações da companhia elétrica Copel e da siderúrgica Tupy.


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