Bolsas asiáticas caem com temores sobre Coreia do Norte, mas Xangai sobe

Bolsas asiáticas caem com temores sobre Coreia do Norte, mas Xangai sobe

Mercado financeiro da Oceania também foi afetado e fechou em baixa

AE

Bolsas da Ásia reagiram negativamente a teste nuclear norte-coreano

publicidade

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira em meio a preocupações geradas pelo anúncio de que a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste com uma bomba de hidrogênio e pelo enfraquecimento da economia da China, cujos indicadores de atividade mais recentes vieram desfavoráveis. Os mercados chineses, no entanto, foram exceção e mostraram uma recuperação vigorosa, após as perdas dos últimos pregões.

A televisão estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram, com sucesso, a detonação de uma bomba de hidrogênio nesta quarta-feira. O governo da Coreia do Sul classificou o teste de violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e afirmou que vai trabalhar com os EUA e outros países para estudar medidas apropriadas, que podem incluir novas sanções contra Pyongyang.

A notícia da Coreia do Norte contribuiu para piorar o sentimento na Ásia, que já vinha sendo influenciado pelas últimas evidências de desaceleração da economia chinesa.

Segundo pesquisa da Caixin Media e da Markit Economics, o índice de gerentes de compra (PMI) do setor de serviços chinês recuou para 50,2 em dezembro, de 51,2 em novembro. O indicador ruim pode ter gerado expectativas de que Pequim amplie ainda mais sua estratégia de estímulos monetários e fiscais, contribuindo para a recuperação das bolsas chinesas.

O Xangai Composto, principal índice acionário da China, subiu 2,3% hoje, encerrando o dia a 3.361,84 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 2,6%, a 2.133,96 pontos. Os ganhos em Xangai vieram após perdas de 6,9% na segunda-feira e de 0,3% na terça.

Nos últimos dias, os investidores na China vêm mostrando nervosismo antes do fim iminente de medidas emergenciais adotadas por Pequim durante o forte período de turbulência de meados do ano passado. Como entraram em vigor em 8 de julho, as medidas, que incluem a proibição a vendas de participações por grandes acionistas, teoricamente expiram na sexta-feira. Na terça, o órgão regulador de mercados chinês informou que estuda formas de lidar com essas vendas de fatias acionárias significativas. Também ontem, o PBoC (BC chinês) fez uma grande injeção de recursos no sistema financeiro e interveio no câmbio para sustentar o yuan.

Em outras partes da Ásia, as perdas foram generalizadas após o anúncio norte-coreano, apesar do bom desempenho das ações chinesas. Em Seul, o índice sul-coreano Kospi caiu 0,26%, a 1.925,43 pontos, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,98%, a 20.980,91 pontos, e em Taiwan, o Taiex registrou queda ainda mais expressiva, de 1,1%, a 7.990,39 pontos, atingindo o menor patamar desde agosto de 2013.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney também foi afetada pelos temores com a Coreia do Norte e China, que é o maior parceiro comercial da Austrália. O S&P/ASX 200 recuou 1,2%, a 5.123,10 pontos. Na semana, o índice australiano acumula desvalorização de 3,3%. Com informações da Dow Jones Newswires.

Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895