Cesta básica de Porto Alegre é a terceira mais cara entre as capitais em junho, diz Dieese

Cesta básica de Porto Alegre é a terceira mais cara entre as capitais em junho, diz Dieese

É necessário desembolsar R$ 754,19 para adquirir o conjunto de bens alimentícios

Correio do Povo e Agência Brasil

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O valor cesta básica de Porto Alegre diminuiu 1,90% em junho, de acordo com dados disponibilizados nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Sendo assim, o conjunto de bens alimentícios passou a custar R$ 754,19, o terceiro mais caro do Brasil entre as capitais, ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 777,01) e Florianópolis (R$ 760,41). 

Conforme o Dieese, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta básica em Porto Alegre equivale a 136 horas e 54 minutos, e o salário mínimo tem comprometimento de 62,27% para aquisição dos itens. Em junho, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, oito ficaram mais baratos: o tomate (-8,05%), a batata (-4,98%), a banana (-4,48%), a carne (-2,65%), o feijão (-2,57%), o pão (-0,96%), o óleo de soja (-0,57%) e o arroz (-0,22%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais caros: o leite (14,66%), café (2,84%), a manteiga (2,52%), a farinha de trigo (2,17%) o e o açúcar (0,22%).

No primeiro semestre de 2022, a cesta básica de Porto Alegre acumula alta de 10,44%. Os 13 produtos pesquisados registraram alta: a batata (54,41%), o leite (50,28%), a farinha de trigo (29,72%), o café (21,62%), o óleo de soja (21,04%), a banana (15,06%), o pão (14,77%), a manteiga (8,73%), o arroz (5,62%), a carne (3,99%), o feijão (2,57%), o açúcar (0,89%) e o tomate (0,61%). 

Já em doze meses, a alta da cesta na capital gaúcha é de 17,42%, com 11 itens que ficaram mais caros: o café (73,31%), a batata (54,41%). o tomate (45,74%), o leite (44,45%), a farinha de trigo (29,72%), o açúcar (26,26%), banana (28,97%), o óleo de soja (28,88%), o pão (22,22%), a manteiga (15,19%) e a carne (5,52%). O arroz (-12,93%) e o feijão (-6,92%) ficaram mais baratos.

Variação em outras capitais brasileiras 

Em junho, nove das 17 capitais analisadas pelo Dieese tiveram elevação no preço da cesta básica. As maiores altas ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%). Na comparação com junho do ano passado todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife.

Salário mínimo necessário no Brasil 

De acordo com cálculos do Dieese, em junho de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas no Brasil deveria equivaler a R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.535,40, ou 5,39 vezes o piso mínimo. Em junho de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.


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