Cesta Básica de Porto Alegre registra queda de 2,03% em novembro

Cesta Básica de Porto Alegre registra queda de 2,03% em novembro

Valor representa 49,43% do salário mínimo líquido dos brasileiros

Correio do Povo

Em novembro, o preço da carne aumentou em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese

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Em novembro de 2019, a Cesta Básica de Porto Alegre calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou queda de 2,03%, passando de R$ 463,24 em outubro de 2019, para os atuais R$ 453,82. No ano, a cesta está 2,35% mais barata e, em 12 meses, registrou retração de 2,00%.

Na passagem de outubro para novembro, com exceção da carne (6,34%), todos os demais itens registram queda. As maiores retrações foram registradas no tomate (-25,15%), na batata (-9,86%) e na banana (-7,81%). No ano, quatro ficaram mais baratos: o tomate (-52,28%), o café (-10,61%), o feijão (-2,72%) e a farinha de trigo (-0,80%). Em sentido contrário, nove produtos estão mais caros, sendo as maiores altas registradas na banana (25,30%), na carne (8,13%), no arroz (7,12%) e na manteiga (6,81%). Em 12 meses, cinco itens ficaram mais baratos: o tomate (-52,57%), o café (-6,63%), o leite (-6,54%), o feijão (-1,28%) e a farinha de trigo (-0,27%). Em sentido oposto, oito produtos estão mais caros, sendo os maiores aumentos verificados na batata (21,48%), na banana (21,96%), na manteiga (8,49%), na carne (8,34%) e no açúcar (8,04%).

Em novembro, o valor da Cesta Básica representou 49,43% do salário mínimo líquido, contra 50,45% em outubro de 2019 e 52,76% em novembro de 2018. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em novembro, cumprir uma jornada de 100 horas e 02min para adquirir os bens alimentícios básicos. Essa jornada foi inferior a registrada em outubro (102h 07min) e inferior a registrada em novembro de 2018 (106h 47 min). A variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 580,90%, enquanto a inflação medida pelo INPC/IBGE acumulou 525,21% e o Salário Mínimo registrou alta de 1.440,36% (variação nominal).

Preço da carne sobe em todas as capitais pesquisadas

Entre outubro e novembro de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou em nove cidades e diminuiu em sete1 , de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 capitais. As altas mais expressivas ocorreram em Vitória (7,89%), Florianópolis (4,45%) e Campo Grande (3,12%). As quedas mais importantes foram anotadas em Porto Alegre (-2,03%) e Curitiba (-1,95%). A capital com a cesta mais cara foi Florianópolis (R$ 478,68), seguida de São Paulo (R$ 465,81), Vitória (R$ 462,06) e Rio de Janeiro (R$ 455,37).

Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 325,40) e Salvador (R$ 341,45). Em 12 meses, entre novembro de 2018 e o mesmo mês de 2019, nove capitais acumularam alta, que oscilaram entre 0,30%, em Campo Grande, e 13,10%, em Vitória. A queda mais intensa ocorreu em Aracaju (-6,96%). Em 2019, 10 municípios pesquisados acumularam taxas negativas, com destaque para Aracaju (-9,30%) e Belo Horizonte (-3,70%). Outras seis cidades tiveram aumento. A alta mais expressiva ocorreu em Vitória (14,43%). 

Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.021,39, ou 4,03 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em outubro de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.978,63, ou 3,99 vezes o mínimo vigente. Já em novembro de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.959,98, ou 4,15 vezes o salário mínimo, que, na época, era de R$ 954,00.

Cesta básica x salário mínimo

Em novembro de 2019, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica totalizou 89 horas e 10 minutos, e, em outubro, 88 horas e 39 minutos. Em novembro de 2018, quando o salário mínimo era de R$ 954,00, o tempo médio foi de 91 horas e 13 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 44,05% da remuneração para adquirir os produtos. Esse percentual foi maior do que o de outubro, quando ficou em 43,80%.

Em novembro de 2018, quando o salário mínimo valia R$ 954,00, a compra demandava 45,07% do montante líquido recebido.Comportamento dos preços Entre outubro e novembro de 2019, foi observada tendência de alta nos preços da carne bovina de primeira, do óleo de soja e do feijão. Já as cotações do tomate e da batata, pesquisada na região Centro-Sul, diminuíram na maior parte das cidades. A carne bovina de primeira apresentou aumento de preço em todas as cidades. As altas variaram entre 1,15%, em Recife, e 19,37%, em Vitória.

Em 12 meses, houve redução apenas em Aracaju (-5,71%), enquanto os aumentos foram de 1,30%, em Campo Grande, a 30,81%, em Florianópolis. Altos volumes de carne têm sido exportados para a China, devido ao ano novo chinês; o período também é de entressafra bovina e o custo de reposição do bezerro está muito alto. Por fim, o dólar desvalorizado estimulou as exportações. Todos esses fatores encareceram o valor da carne no varejo.  O preço médio da lata de óleo de soja aumentou em 12 cidades. As altas oscilaram entre 0,25%, em Recife, e 4,66%, em Campo Grande. O preço não variou em Porto Alegre e diminuiu em Florianópolis (-0,79%), João Pessoa (-0,48%) e Belo Horizonte (-0,28%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram altas acumuladas, com destaque para Vitória (16,72%) e Goiânia (16,16%).

A demanda por óleo de soja para produção de biodiesel seguiu forte e reduziu a oferta no varejo. O valor do feijão aumentou em 11 cidades entre outubro e novembro de 2019. O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou variações positivas em oito capitais, que oscilaram entre 1,27%, em Recife, e 5,77%, em Belo Horizonte. As quedas ocorreram em São Paulo (-2,55%), Salvador (-0,58%) e João Pessoa (-0,17%). Já o feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, teve alta em três capitais. Em Vitória, subiu 7,25%, em Florianópolis, 0,91%, e em Curitiba, 0,45%. As quedas foram anotadas no Rio de Janeiro (-3,92%) e em Porto Alegre (-3,13%).

Em 12 meses, o preço médio do grão carioquinha acumulou alta em todas as capitais: as taxas variaram entre 34,10%, em João Pessoa, e 67,22%, em Goiânia. As variações acumuladas do tipo preto também foram positivas, mas em patamares menores: entre 2,83%, no Rio de Janeiro, e 11,31%, em Florianópolis. Apenas em Porto Alegre foi registrada redução de -1,28%. A baixa oferta do feijão carioquinha elevou os preços no varejo e também fez com que a demanda pelo tipo preto aumentasse. O preço médio da batata diminuiu nas nove capitais do Centro-Sul. As quedas oscilaram entre -17,85%, no Rio de Janeiro, e -1,21%, em Vitória. Em 12 meses, as capitais ainda apresentaram taxas positivas, que variaram entre 18,65%, em Florianópolis, e 55,24%, em Vitória. Mesmo com a baixa qualidade de muitos tubérculos, o excesso de oferta reduziu o preço no varejo. O quilo do tomate diminuiu em 15 capitais e aumentou em Vitória (31,72%). As quedas oscilaram entre -31,16%, no Rio de Janeiro, e -5,74%, em Goiânia. Em 12 meses, houve elevação do valor médio do quilo apenas em Recife (6,61%); nas demais capitais, foi observada queda de preço, com destaque para a variação de Belo Horizonte (-65,59%) e Rio de Janeiro (-62,25%). Excesso de oferta, devido ao calor, reduziu o preço no varejo.   


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