CNI: Corte de 0,5 ponto percentual na Selic é insuficiente e penalizará ainda mais atividade econômica

CNI: Corte de 0,5 ponto percentual na Selic é insuficiente e penalizará ainda mais atividade econômica

Situação da inflação no Brasil permite redução mais intensa dos juros, afirma entidade

Estadão Conteúdo

Comitê de Política Monetária anunciou redução de taxa de juros para 10,75% ao ano

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O corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, foi considerado "insuficiente" pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o presidente da entidade, Ricardo Alban, a decisão, anunciada há pouco pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, penalizará ainda mais a atividade econômica no Brasil.

"A situação da inflação no Brasil já permite, há algum tempo, uma redução mais intensa dos juros reais. O Copom também tem que considerar em suas decisões o prejuízo que a elevada taxa básica de juros vem provocando à economia", afirma o presidente da CNI. A entidade defende que, mantido o cenário de inflação sob controle, "é imprescindível uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic já na próxima reunião do Copom".

A CNI destaca, em nota, que o quadro inflacionário do País segue positivo, com a inflação medida pelo IPCA em 4,5% nos 12 meses terminados em fevereiro de 2024, ou seja, dentro do limite superior da meta de inflação do ano (4,5%).

"Nesse cenário, é importante que o Banco Central compreenda a realidade brasileira e dê a sua contribuição para a tão necessária redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Sem essa mudança urgente de postura, fica mais difícil avançar na agenda de neoindustrialização, o que, consequentemente, anula oportunidades de mais prosperidade econômica para o país", afirma Alban.

Equilíbrio fiscal deve nortear governo, diz Fecomércio

Para a Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul), a decisão já era esperada.

"A decisão da reunião de março já era esperada e, portanto, já havia sido precificada. No entanto, a atividade e o mercado de trabalho resilientes, bem como a dificuldade de ancoragem das expectativas da inflação, colocam em dúvida qual será o ponto final do atual ciclo de afrouxamento monetário. A certeza é de que, no fim do ciclo, a Selic vai continuar em patamar restritivo. Se quisermos ter taxas de juros estruturalmente menores, a premissa do equilíbrio fiscal deve ser norteadora das ações do governo", afirma o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.


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