Consumo de energia no País foi recorde durante a tarde de terça-feira

Consumo de energia no País foi recorde durante a tarde de terça-feira

Sistema Interligado Nacional movimentou 65.921 megawatts às 14h32min

AE

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O consumo brasileiro de energia atingiu níveis históricos na terça-feira, equiparando-se a volumes verificados antes da crise financeira. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), às 14h32, o Sistema Interligado Nacional (SIN) movimentou 65.921 megawatts (MW), volume superior ao recorde atingido em 11 de setembro de 2008. Reflexo das altas temperaturas, o alto consumo vem sendo usado como justificativa para os apagões localizados que assolam o Rio de Janeiro nas últimas semanas.

O boletim de operações do ONS aponta que o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste também atingiu pico histórico na terça, chegando a 41.695 MW às 14h32. Em 11 de setembro de 2008, o SIN teve um pico de consumo de 65.586 MW, enquanto o subsistema Sudeste/Centro Oeste registrou máxima de 41.635 MW. Na época, a economia brasileira ainda não sentia plenamente os efeitos da crise global, que tem como marco simbólico o anúncio da concordata do banco norte-americano Lehman Brothers, quatro dias depois.

Naquela ocasião, porém, Acre e Rondônia não haviam sido integrados ao SIN - os dois foram conectados este mês, com o início das operações da linha de transmissão Jauru-Vilhena. De todo modo, o consumo dos dois estados é pequeno: em 11 de setembro de 2008, diz o ONS, chegou a 378 MW. Assim, o operador do sistema calcula, contabilizados os dois Estados, a carga de energia no SIN daquele dia seria de 65.964 MW, ou apenas 43 MW superior ao pico registrado ontem.

A última análise de consumo divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que o desempenho de outubro ainda esteve 1,1% abaixo do mesmo mês do ano anterior. Mesmo assim, diz a entidade, já é possível confirmar uma tendência de recuperação nos últimos meses, com grande influência das classes de consumo residencial e comercial - em ambos os casos, com grande influência do aumento do poder de compra aliado às medidas anticíclicas do governo federal.

O aumento do consumo nas residências é usado como justificativa pela Light para os apagões localizados que vêm causando grande transtorno ao Rio. Entre segunda e terça-feira, 12,3 mil residências de Ipanema, Leblon e Lagoa, na zona Sul, ficaram quase 24 horas sem luz. Outros sete bairros da zona norte também tiveram problema semelhante. Nesta quarta-feira, houve um problema na rua Rainha Guilhermina, no Leblon, mas a Light diz que atingiu apenas um condomínio.

Na terça, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a empresa cobrando esclarecimentos. A empresa deve entregar amanhã um relatório sobre o incidente na zona sul carioca. A comissão da Câmara dos Deputados que investiga as causas do apagão de 10 de novembro, que atingiu 18 Estados, informou que também vai acompanhar os problemas de abastecimento no Rio.

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