CPI da Americanas acaba sem apontar responsáveis por fraude contábil

CPI da Americanas acaba sem apontar responsáveis por fraude contábil

Relatório final do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC) deve ser votado em duas semanas

AE

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a fraude contábil da Americanas se encaminha para um fim inconclusivo, mesmo tendo sido palco de revelações e depoimentos importantes ao longo dos últimos meses. O relatório final do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), que deve ser votado em duas semanas, foi apresentado na terça-feira e não aponta responsáveis pela fraude que levou a empresa à recuperação judicial.

Integrantes da CPI criticam o fato de o requerimento com a convocação do trio de acionistas de referência da varejista - os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles - não ter nem sequer sido votado. Há a previsão que sejam apresentados relatórios paralelos ao de Chiodini.

Em uma declaração enviada à CPI e também juntada ao processo no qual o Bradesco, defendido pelo escritório Warde Advogados, pede a produção antecipada de provas no caso, o ex-CEO da varejista Miguel Gutierrez aponta a responsabilidade dos três investidores.

Na declaração, Gutierrez afirma que "a ingerência dos controladores da Americanas nas finanças das companhias de seu portfólio é, de mais a mais, fato notório, mencionado, inclusive, no famoso livro que conta sua trajetória empresarial. Para dar um exemplo específico referente às Americanas, as vendas da companhia eram acompanhadas diariamente pelo Sr. Carlos Alberto Sicupira."

Dentre outras afirmações, ele menciona que, durante o segundo semestre de 2022, teve conhecimento de interações diretas entre o então diretor financeiro da Americanas, Marcelo Nunes, com membros do comitê financeiro, incluindo Jorge Paulo Lemann, e com funcionários da LTS (holding dos acionistas de referência).

Em resposta, a Americanas afirmou, em nota, que confia nas apurações das autoridades e que "vai responsabilizar judicialmente todos os envolvidos". A LTS disse que os acionistas de referência "sempre atuaram com o máximo de zelo e ética sobre a companhia" e tratou as informações de Gutierrez como "ilações".


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