CVM adia para 10 de fevereiro defesa da União em caso Petrobras

CVM adia para 10 de fevereiro defesa da União em caso Petrobras

Investigação da Comissão de Valores Mobiliários foi aberta em outubro do ano passado

AE

Investigação da Comissão de Valores Mobiliários foi aberta em outubro do ano passado

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e adiou para 10 de fevereiro o prazo para apresentação de defesa em processo que apura se a União Federal, no papel de controladora da Petrobras, violou o artigo 116, parágrafo único, da Lei 6.404/76, a Lei das S.A.

A investigação da CVM foi aberta em outubro do ano passado. O novo prazo para a entrega da defesa pela PGFN, que atua como advogada da União no caso, está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

Segundo o parágrafo único desse artigo, o acionista controlador deve usar o poder a fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social. Além disso, cita que o controlador tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os funcionários e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.

O processo sancionador se originou da análise administrativa de uma operação realizada pela estatal em abril para renegociar dívidas com a Amazonas Energia, controlada pela Eletrobras.

A CVM apurava por que a Petrobras decidiu aceitar o parcelamento de dívida da Amazonas Energia por dez anos em vez de ajuizar imediatamente ação de cobrança contra a empresa. O questionamento sinaliza que a operação pode não ter sido a melhor escolha para a Petrobras, pressionada por forte endividamento e pelo câmbio. "Na prática", diz o questionamento da CVM, "a companhia teria aceitado substituir dívidas líquidas e exigíveis por outra a ser paga em dez anos, financiando assim a Amazonas Energia a uma taxa igual àquela dos financiamentos diários lastrados em títulos públicos".

Este é um dos processos sancionadores recentes da CVM envolvendo a Petrobras. Ainda em 2015, foi aberta uma investigação para averiguar se sete ex-conselheiros da estatal, entre eles o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, induziram investidores da petroleira a erro, ao divulgar a adoção de uma política de preços, mas não atuar na prática para que ela atingisse seus objetivos.

Nesta terça-feira, o órgão regulador do mercado de capitais abriu um novo processo contra Petrobras e ex-dirigentes da companhia. Além da empresa, a CVM vai apurar a responsabilidade de seus ex-presidentes Graça Foster e José Sergio Gabrielli, do ex-diretor de Relações com Investidores Almir Barbassa, além do Bradesco BBI e de Bruno Boetger, executivo do banco, por infrações relativas à condução da oferta pública de ações da companhia que levantou 69,9 bilhões de dólares em 2010.

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