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Dólar fecha em leve alta de olho em China e agenda fiscal no Congresso; Bolsa cai 0,85%

Com máxima a R$ 4,9965, a moeda fechou cotada a R$ 4,9787, em alta de 0,22%, acumulando valorização de 5,27% em agosto

Dólar fechou cotado a R$ 5,68 | Foto: Stephen Bayer / AFP/ CP

Após três sessões consecutivas de leve queda, o dólar à vista encerrou o pregão desta segunda-feira (21) em alta moderada no mercado doméstico de câmbio, respeitando novamente a barreira psicológica de R$ 5,00. Com agenda esvaziada e liquidez reduzida, investidores recompuseram parcialmente posições defensivas diante de dúvidas sobre o crescimento chinês, com corte de juros aquém do esperado pelo Banco do Povo da China (PBoC), nova rodada de avanço das taxas dos Treasuries e desconforto com a votação da agenda econômica no Congresso.

Afora uma queda nos primeiros negócios, quando registrou mínima a R$ 4,9584, o dólar operou com sinal positivo ao longo do restante da sessão. Com máxima a R$ 4,9965, a moeda fechou cotada a R$ 4,9787, em alta de 0,22%, acumulando valorização de 5,27% em agosto.

"O dólar voltou a subir um pouco aqui com o mercado de câmbio bastante cauteloso. As incertezas sobre o crescimento da China continuam a preocupar, mesmo com os estímulos monetários oferecidos", afirma a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, acrescentando que há também certo receio com atraso na votação de projetos do governo no Congresso.

O banco central chinês anunciou no domingo à noite redução da taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano de 3,55% para 3,45%. Já a taxa para empréstimos de 5 anos foi mantida em 4,20%. Em junho, o PBoC havia anunciado redução da LPR de 3,65% para 3,55%. As preocupações com o setor imobiliário permanecem em pauta com o pedido de falência da incorporadora chinesa Evergrande nos Estados Unidos.

"As autoridades chinesas surpreenderam negativamente os mercados ao reduzir as taxas de juros para empréstimos em valor menor do que o esperado. Dada a fraqueza da economia chinesa e os problemas recentes do setor imobiliário, esperava-se uma ação mais agressiva", afirma, em nota, o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares.

Além das preocupações com a China, analistas afirma que o mercado deve manter certa postura defensiva ao longo semana em meio à espera pelo discurso do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, 25. As taxas dos Treasuries voltaram a subir em bloco nesta segunda. O retorno do papel de dois anos, mais ligado as apostas para a trajetória dos juros no curto prazo, voltou a tocar 5,00%. Já o yield da T-note de 10 anos registrou máxima a 4,35%.

O Ibovespa ficou perto de ceder a linha dos 114 mil pontos na mínima desta segunda-feira, 21, após ter interrompido na sexta-feira série histórica de 13 perdas consecutivas, a mais longa desde 1968. Nesta segunda-feira, a referência da B3 oscilou dos 114.066,51 - ainda na mínima intradia desde 6 de junho (112.695,60) - aos 115.424,65 pontos, saindo de abertura aos 115.403,81.

Ao fim, o índice caiu 0,85%, aos 114.429,35 pontos, agora o menor nível de encerramento desde 5 de junho (112.696,32), com giro financeiro fraco, a R$ 19,5 bilhões, na sessão. No mês, o Ibovespa acumula perda de 6,16%, limitando o ganho do ano a 4,28%.

"A queda por si só já é ruim, mas com tantas perdas acumuladas, começa a acender luz de alerta, com possibilidade de revisões para o cenário, no sentido de baixa. A China cortou mais uma vez os juros, o segundo em dois meses para a taxa de um ano, mas os analistas esperavam redução um pouco maior, em meio às preocupações quanto ao risco de contágio, na economia, dos problemas do setor imobiliário do país, a partir de grandes empresas do segmento, como a Evergrande", diz Fernanda Bandeira, sócia e especialista da Blue3 Investimentos, mencionando a correlação de ações de peso na B3, como Vale (ON -0,03%, a R$ 61,20), à demanda por commodities na China.

"O Banco Popular da China cortou sua taxa principal de um ano, referência para empréstimos domésticos e corporativos, em 10 pontos-base, de 3,55% para 3,45%, abaixo dos 15 pontos-base que se esperava como corte", aponta em nota a Monte Bravo Investimentos, acrescentando que, ainda assim, parte dos mercados globais ensaiou uma recuperação nesta segunda-feira, apesar do nível, ainda alto, nos rendimentos dos Treasuries - títulos públicos americanos, referência de segurança para os investidores em momentos como o atual, de aversão a risco.

AE