Desemprego no Rio Grande do Sul cai para 188 mil pessoas em agosto
Dados foram apresentados pela Fundação de Economia e Estatística
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De acordo com a economista da FEE, Cecília Hoff, os dados de agosto mostram, em geral, nos diversos indicadores, estabilidade, tanto da ocupação, quanto da taxa de desemprego, quanto da PEA. “Em julho houve um crescimento desses indicadores, então o fato de o nível de ocupação, por exemplo, ter se sustentado em agosto, depois de ter crescido em julho, é um dado positivo”, afirmou Cecília. Por outro lado, parte das vagas que vêm sendo geradas, ainda é com um tipo de inserção mais precária no mercado de trabalho, como autônomos ou empregados sem carteira assinada.
“De modo geral, o que se verifica, é que o ritmo de recuperação da economia que está se desenhando ainda parece lento para promover uma recuperação rápida do emprego. A tendência será de estabilização, com alguma melhora do emprego na margem, mas o ritmo de recuperação da economia ainda não parece suficiente para fazer com que o emprego melhore sensivelmente”, ressaltou.
Conforme a coordenadora da pesquisa e economista da FEE, Iracema Castelo Branco, os dados de agosto mostram relativa estabilidade da taxa de desemprego, assim como as principais variáveis. “Tivemos um período, a partir de 2015, de uma certa elevação na taxa de desemprego, que foi o primeiro ano de recessão econômica, depois de termos em 2014 a menor taxa de desemprego apontado desde o início da pesquisa, que é realizada há 25 anos”, afirmou Iracema.
Segundo ela, 2016 a taxa de desemprego permaneceu em um patamar elevado e, em 2017, é possível perceber um processo de relativa estabilidade. “Temos uma taxa de desemprego ao redor de 11%, a taxa de desemprego de agosto é a menor taxa desde janeiro até o momento, que é 10,3%, mas as oscilações são muito pequenas”, ressaltou.
Entre agosto de 2016 e agosto de 2017, a taxa de desemprego total diminuiu de 10,7% para 10,3% na PEA na RMPA. No mesmo período, a taxa de desemprego aberto decresceu de 9,6% para 9,2%. De junho para julho de 2017, o rendimento médio real aumentou para todos os seguimentos: ocupados (2,2%), assalariados (1,3%) e trabalhadores autônomos (1,3%), correspondendo a R$ 1.943,00, R$ 1.967,00 e R$ 1.596,00, respectivamente.