Diretora do FMI adverte sobre impacto de subsídios climáticos nos mercados emergentes

Diretora do FMI adverte sobre impacto de subsídios climáticos nos mercados emergentes

Kristalina Georgieva teme uso de dinheiro público para aumentar o investimento privado

AFP

Diretora do FMI participou do Fórum Econômico Mundial

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A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou nesta sexta-feira (20), durante sua participaçã no Fórum Econômico Mundial de Davos, que os subsídios ocidentais para combater a mudança climática e estimular a transição para fontes de energia limpa podem prejudicar os mercados emergentes e em desenvolvimento.

"Minha maior preocupação é que algo que, em princípio, é muito bom para acelerar a transição para a economia verde, mediante o uso de dinheiro público para aumentar o investimento privado,pode não servir bem aos mercados emergentes e ao mundo em desenvolvimento", afirmou Georgieva no último dia do Fórum de Davos, que acontece na Suíça.

Os Estados Unidos aprovaram a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), que autoriza subsídios significativos, assim como cortes de impostos, da ordem de cerca de US$ 370 bilhões para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Trata-se do maior programa já adotado pelos Estados Unidos para combater a mudança climática.

A União Europeia pretende reagir e estuda responder com subsídios, temendo que a lei estimule as empresas a transferirem suas fábricas e sua produção para os Estados Unidos. Georgieva alertou que os subsídios podem levar a transferências de tecnologia e de produção dos países emergentes mais pobres para os mais ricos. "Se nos esforçarmos para que o mundo industrializado seja limpo e não pensarmos nos mercados emergentes, estamos fritos", insistiu.

 

 


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