Disney demite CEO e anuncia retorno de Bob Iger ao comando da empresa

Disney demite CEO e anuncia retorno de Bob Iger ao comando da empresa

Empresa não explicou os motivos da saída de Bob Chapek

AFP

Disney+, HBO Max, Peacock, Apple TV+, Netflix e Amazon são apenas algumas das plataformas

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A Disney demitiu o CEO Bob Chapek no domingo e anunciou o retorno de Bob Iger ao comando da empresa. A mudança em um dos maiores conglomerados de mídia e entretenimento do mundo se tornou efetiva de maneira imediata, afirmou a Disney em um comunicado.

"Agradecemos a Bob Chapek por seus serviços à Disney durante de sua longa carreira", afirmou Susan Arnold, presidente do conselho de administração da Disney.

Iger, 71 anos, aceitou retornar ao comando da empresa por dois anos com o objetivo de estabelecer uma estratégia de "crescimento renovado", afirmou a Disney em um comunicado.

Ele também trabalhará com o conselho de administração para encontrar um sucessor.

O conselho de administração decidiu que, à medida que a empresa "embarca em um período cada vez mais complexo de transformação da indústria, Bob Iger está em uma posição única para liderar a empresa neste momento crucial", destacou Susan Arnold no comunicado.

Defensor da imagem familiar da Disney, Bob Iger comandou a empresa de 2005 a 2020 e permaneceu como presidente-executivo do grupo até o final de 2021. Ele tem "o profundo respeito do conselho de administração da Disney", disse Susan Arnold.

A empresa, fundada em 1923, não explicou os motivos da saída de Chapek, 62 anos, e informou apenas que ele deixou o cargo.

Iger promoveu Chapek como seu substituto em 2020, mas o relacionamento entre os dois ficou tenso nos últimos meses.

Chapek, funcionário veterano da Disney, assumiu o comando do grupo no início de 2020, quando começou a pandemia de covid e teve a difícil tarefa de fechar e depois reabrir os parques de diversões.

Também teve que concentrar o trabalho no desenvolvimento das plataformas de streaming, enfrentando uma concorrência acirrada da Netflix, Amazon Prime Video ou HBO Max, com resultados moderados.

Ações em queda

A Disney+ voltou a ganhar clientes no terceiro trimestre, com mais de 164 milhões de assinantes no fim de setembro.

As plataformas de vídeo sob demanda do grupo (Disney+, ESPN+ e Hulu), no entanto, registraram um prejuízo operacional de quase 1,5 bilhão de dólares.

Além disso, o faturamento total da empresa decepcionou o mercado, apesar do recorde de vendas registrado pela divisão de "parques temáticos, experiências e promoção comercial".

A cotação da Disney registrou queda de mais de 13% no dia seguinte ao anúncio dos resultados, no início de novembro. Desde o início do ano, a ação da Disney registrou queda de 41%.

O mandato de Chapek também foi marcado por um delicado episódio na Flórida, onde a empresa, no começo do ano, havia decidido inicialmente não se pronunciar contra uma lei que proibia o ensino de temas relacionados à orientação sexual ou identidade de gênero em escolas do ensino fundamental.

Mas, sob pressão dos funcionários, Chapek finalmente criticou abertamente a lei, o que irritou o governador conservador Ron DeSantis e fez com que o parque temático Disney World perdesse as vantagens administrativas que tinha desde os anos 1960.

Sob a liderança de Bob Iger, a Disney se tornou um império do entretenimento, com as aquisições do estúdio Pixar em 2006, da Marvel em 2009 e da Lucasfilm em 2012.

Também comprou a maioria dos ativos da 21st Century Fox em 2019. Ele também comandou o lançamento da Disney+.

Iger, CEO da Disney por 15 anos, aumentou a capitalização de mercado da empresa em cinco vezes durante o período.

"Sou muito otimista sobre o futuro desta grande empresa. Estou profundamente honrado por ser convidado a liderar novamente esta equipe extraordinária", afirmou Iger.


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