Em Brasília, lideranças da indústria defendem reforma

Em Brasília, lideranças da indústria defendem reforma

Representantes da Fiergs e de outras entidades se reuniram com Geraldo Alckmin

Correio do Povo

Dirigentes ressaltaram a Alckmin preocupação com carga tributária

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Lideranças industriais da Região Sul se reuniram com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e defenderam a realização da reforma tributária e a neoindustrialização do país, além de  debaterem temas como gasto público, custo logístico e política industrial. Os encontros foram realizados nesta quarta-feira (21), em Brasília, e contaram com a participação dos presidentes das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, e do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro.

“A reunião foi muito satisfatória, o presidente em exercício Alckmin é muito bem preparado, ouve tudo com muita atenção. Manifestamos uma certa preocupação com um pouco de paralisação da atividade econômica à espera de para onde vão andar os programas do governo”, disse Petry, que anunciou que Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, virá ao Rio Grande do Sul.

No encontro com Alckmin, as federações industriais destacaram a importância e a urgência da reforma tributária, além da relevância da indústria para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. A comitiva mostrou que a região Sul tem grande potencial e registra o segundo maior PIB regional do país: R$ 1,3 trilhão. O setor industrial responde por 25,3% do total do PIB da região, tem a segunda maior arrecadação federal regional (R$ 311,1 bihões), a menor taxa de desemprego regional (5%) e a segunda maior movimentação portuária do país. “As diretrizes da reforma tributária apresentadas ao Congresso Nacional vão ao encontro do que defendemos: a simplificação do sistema tributário e alinhamento do Brasil ao que tem sido praticado internacionalmente. Atualmente, o Brasil conta com um dos mais caros e complexos sistemas tributários do mundo, dispondo da segunda maior carga tributária entre os países da América Latina. A alta cumulatividade que envolve o sistema tributário brasileiro penaliza o setor industrial”, ressaltou Petry.

“Conversamos muito sobre a reforma tributária, trouxemos as nossas preocupações e sugestões de melhorias. Certamente que o setor produtivo quer uma reforma tributária urgente, mas que não venha com elevação de carga tributária. Esse é o grande tema que defendemos. Precisamos da reforma porque ela dará competitividade para o Brasil, mas não poderá, em hipótese alguma, ter aumento de carga”, afirmou o presidente da Fiesc. “Alckmin demonstrou confiança na aprovação da reforma tributária, que é uma esperança da indústria como um todo. Fizemos um ato de apoio da região Sul do Brasil ao projeto e o ministro colocou uma confiança de que o caminho está sendo trilhado”, concluiu. Alckmin ouviu as demandas e disse estar otimista sobre a reforma ser aprovada pela Câmara em julho ou, no máximo, em agosto, e defendeu o modelo do IVA, Imposto de Valor Agregado, que agruparia vários tributos em um. “Temos que melhorar a competitividade do país. A carga tributária do Brasil é muito alta. Precisamos salvar a indústria e fazer ela crescer”, declarou.

No encontro com Artur Lira, além de defender a reforma, os empresários ressaltaram ainda a necessidade da harmonia e independência entre os poderes e a importância da livre iniciativa. “O Parlamento tem que ser fortalecido, no momento que aprova uma lei, daqui a pouco é modificada pela decisão de um juiz, isso não pode”, afirmou o presidente da Fiergs. Pelo Rio Grande do Sul, além de Petry, participaram Mauro Bellini (Marcopolo), Daniel Randon (Grupo Randon), Mauricio Harger (CMPC), José Agnelo Seger (Grupo Herval e iPlace), Erasmo Battistela (setor de biocombustíveis), Claudio Bier (Masal) e o ex-ministro Francisco Turra.


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