Energia solar é tema de painel promovido pelo Correio do Povo

Energia solar é tema de painel promovido pelo Correio do Povo

Dados informados pelos painelistas apontam que o tema da geração distribuída (GD) é estratégico no Rio Grande do Sul

Felipe Faleiro

Energia solar fotovoltaica no país pode gerar investimentos no país de R$ 140 bilhões até 2050

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O segundo painel da tarde desta quinta-feira no Fórum de Energias Renováveis, promovido pelo Correio do Povo, trouxe como tema central a energia fotovoltaica no Rio Grande do Sul. Dados informados pelos painelistas apontam que o tema da geração distribuída (GD) é estratégico no Estado, ampliando sua participação de forma sustentada nos últimos anos. A potência instalada no RS aumentou de 5 gigawatts em fevereiro de 2021 para 8 GW em dezembro do mesmo ano, e para 9,5 GW em fevereiro de 2022.

A estimativa é de chegar a 15 GW de geração no final deste ano. A energia solar fotovoltaica no país pode gerar investimentos no país de R$ 140 bilhões até 2050, somando-se aos R$ 42 bilhões já investidos nos últimos oito anos. O próprio Rio Grande do Sul é o terceiro estado com maior número de unidades instaladas, atrás de Minas Gerais e São Paulo. Representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), a engenheira Isabel Pitta Klein afirmou que é hora de investir neste setor.

“Há o fornecimento de materiais, temos conhecimento, pessoas formadas e capazes de ampliar este mercado. Para colocar em perspectiva, precisamos pensar no longo prazo, pensar em descarbonização, e a fotovoltaica é uma das melhores alternativas que temos”, salientou. Ainda de acordo com ela, os investimentos neste tipo de energia poderiam ser retirados dos subsídios previstos em uma proposta em tramitação no Congresso para combustíveis fósseis. “É preciso pensar em um projeto de longo prazo neste sentido”, disse.

O deputado estadual Zé Nunes, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Microgeração e Minigeração de Energia Renovável, afirmou que há alguns projetos bastante promissores de energia solar no Rio Grande do Sul, mas também de outras formas das renováveis. “Sabemos desta necessidade de alterar a massa energética para estas fontes. No entanto, acho que ainda falta ao país estabelecer metas mais claras de produção”, pontuou.

Por sua vez, Frederico Boschin, diretor executivo da Noale Energia e membro da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), trouxe diversos números mostrando que a expansão do mercado de geração distribuída, do qual 97,8% da potência instalada no país é solar fotovoltaica, é proporcionalmente maior do que as demais fontes renováveis. Conforme ele, a geração desta forma de energia cresceu cerca de dez vezes em poucos anos, conforme informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“O estado do Rio Grande do Sul precisa avançar no aumento da independência energética, porque isso gera emprego, desenvolvimento regional e obviamente os tributos acabam se concentrando no Estado. Precisamos trilhar este caminho para transição energética, independentemente das fontes, que são absolutamente complementares”, disse.


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