Exportações gaúchas caem 5,4% em 2016, aponta Fiergs
Maior influência negativa sobre o resultado veio do grupo das commodities
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De acordo com Fiergs, dois fatores contribuíram para que o nível mais baixo no setor registrado desde 2006 não fosse ainda pior: em primeiro lugar, houve a contabilização como exportação da plataforma de petróleo e gás no mês de novembro, totalizando US$ 388,9 milhões. Além disso, o setor de Celulose e Papel registrou exportações de US$ 636 milhões, um avanço de 80,7%, em função da expansão da capacidade produtiva da CMPC Celulose Riograndense, em Guaíba. Se a operação com a plataforma não tivesse ocorrido e as exportações de Celulose e Papel fossem iguais as de 2015, o setor secundário cairia 7,6%.
O segmento de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias vendeu US$ 1,02 bilhão, o que representa um crescimento de 5,2%, e exerceu a segunda maior influência positiva. Segundo estudo da Fiergs, o acordo comercial firmado com a Colômbia, que aumentou as vendas externas do setor para o país em 136,2%, contribuiu com a alta.
Por sua vez, Produtos Alimentícios (-9%), Produtos Químicos (-10,5%) e Máquinas e Equipamentos (-7%) exerceram as maiores contribuições negativas, muito em função da redução da demanda externa da América Latina e do Caribe, que cresceu em 2016 à taxa mais baixa desde 2009.
Em relação às importações, houve queda de 17%, somando US$ 8,3 bilhões em 2016. As principais influências negativas vieram de combustíveis e lubrificantes (-46,7%), bens intermediários (-11,9%) e bens de capital
Dezembro
Em comparação com dezembro de 2015, a indústria gaúcha avançou 10,1% (US$ 1,11 bilhão) no último mês do ano passado, influenciada especialmente por crescimentos em Tabaco (77,8%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (20%), Celulose e Papel (39,5%), Materiais Elétricos (107,1%) e Produtos Químicos (8,6%). Já as exportações totais aumentaram 11,4% nessa base de comparação, somando US$ 1,24 bilhão.