Fábrica da CMPC Celulose Riograndense projeta operar na capacidade máxima em 2018

Fábrica da CMPC Celulose Riograndense projeta operar na capacidade máxima em 2018

Empresa teve uma parada de 154 dias em 2017, por questão de segurança

Mauren Xavier

Projeções são de que a fábrica termine com produção em torno de 1,1 milhão de toneladas

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Após uma parada de 154 dias em 2017, por questão de segurança, a fábrica da CMPC Celulose Riograndense projeta operar na capacidade máxima no próximo ano. Segundo o presidente da empresa, Walter Lídio Nunes, apesar da interrupção, todos os contratos foram cumpridos e não houve demissões. Assim, a previsão é de que a unidade opere na totalidade, que é de produção de cerca de 1,8 milhão de toneladas por ano. Em função do problema em uma caldeira, a linha 2, que tem capacidade de produção superior a 1,3 milhão de toneladas, teve a operação interrompida, sendo retomada gradativamente no mês passado.

Assim, as projeções são de que neste ano, a fábrica termine com produção em torno de 1,1 milhão de toneladas, segundo comunicou o diretor-presidente da empresa chilena CMPC, Hernán Rodríguez Wilson. A Celulose Riograndense é de propriedade da CMPC. “Houve um impacto considerável”, afirmou ele, durante apresentação, na manhã desta segunda, em Porto Alegre. Ainda em relação ao sinistro, ele destacou que ainda está em debate com a seguradora a cobertura do impacto provocado pelo sinistro. A linha 2 é resultado de um investimento de R$ 5 bilhões, o que ampliou a capacidade produtiva de 450 mil toneladas de celulose ao ano para 1,8 milhão.

Na ocasião, ele destacou que não há previsão a curto prazo da instalação de uma nova unidade no Brasil. Mesmo assim, enfatizou a relevância do Rio Grande do Sul entre as áreas de interesse da empresa. O foco, adiantou o diretor-presidente, seria por terrenos localizados na região Sul do Estado, como interior de Pelotas. Neste ponto, ressaltou a necessidade de revisão das normas de compra de terras por empresas estrangeiras no país.

A unidade de Guaíba tem importante papel para a empresa, uma vez que a sua produção tem como destino abastecer mercados internacionais. O diretor-presidente destacou que o maior mercado de destino é a China e Índia, com 29% do total exportado. Na mesma oportunidade, Wilson apontou os investimentos da empresa como a ampliação da utilização da travessia de cargas na Lagoa dos Patos, reduzindo as viagens de caminhões pela BR 116, e a consolidação das operações no Porto de Pelotas. Comemorou ainda o fechamento da Parceria Público Privada (PPP) 2 para permitir melhorias na infraestrutura de dois bairros que ficam próximos à fábrica em Guaíba. Além desta planta, a empresa opera em mais 56 municípios gaúchos através de uma base florestal de 324 mil hectares, sendo 155 mil hectares de preservação.

A CMPC é uma empresa chilena, que começou a operar em 1920, estando presente atualmente em oito países. A produção é concentrada em itens de madeira maciça, celulose, papel e produtos de embalagem, tissue (tecido de papel) e fraldas.

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