Autonomia na geração de energia é foco da abertura do Fórum de Energias Renováveis

Autonomia na geração de energia é foco da abertura do Fórum de Energias Renováveis

Evento ocorre hoje no CIEE RS em Porto Alegre

Karina Reif

Primeiro painel do dia abordou as percepções da gestão pública e entidades

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O Rio Grande do Sul tem sido um ambiente para o movimento da transição energética. Esse e outros temas foram abordados durante a abertura da terceira edição do Fórum de Energias Renováveis, realizado nesta quinta-feira pelo Correio do Povo e Sindienergia-RS, no CIEE RS, em Porto Alegre.

O presidente do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, disse que a grande meta da entidade é trazer a indústria de renováveis para o RS. O setor, segundo ele, gera empregos e oportunidades, mas o principal benefício do uso de alternativas energéticas é a autonomia na geração.  

Essa pauta está sendo tratada como uma das prioridades do governo do Estado, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. "É fundamental avançarmos de forma organizada e planejada. O Estado, inclusive, já fez um estudo sobre a produção de hidrogênio verde para nos posicionarmos no cenário nacional e internacional como um grande player produtor", observou. 

O diretor vice-presidente da Farsul, Domingos Lopes, afirmou que o setor rural está engajado nos compromissos ambientais internacionais assumidos, principalmente na redução da emissão de carbono. "O agro é muito mais do que energia e mais do que uma atividade a ser realizada. É a base de toda a matriz que desenvolve os 42% de PIB. O Brasil ainda é dependente da atividade primária".

O agro se aproxima do segmento energético para mitigação do aquecimento global, de acordo com ele, para atingir, até 2030, de 40% a 45% de fontes renováveis na matriz. 

​Nessa linha, discutiu-se o subsídio financeiro necessário para alcançar as metas globais e o presidente do Badesul, Claudio Gastal, mencionou a possibilidade de criação de um fundo. A revolução do sistema elétrico precisa, apontou ele, de uma nova forma de financiamento. "No processo de zerar o carbono, será necessário  que órgãos como FMI, o banco dos Brics e outros abram linhas de crédito que permitam países em desenvolvimento e subdesenvolvidos lançarem mão para fazer essa conversão."   

A terceira edição do Fórum de Energias Renováveis é promovido pelo Correio do Povo e Sindienergia-RS e conta com o patrocínio da AEGEA, BRDE, Badesul, Senar-RS, Famurs e CIEE-RS. 


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