Fórum de Energias Renováveis contará com o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS

A importância das energias renováveis e seus desafios de implementação serão debatidos em evento no próximo mês, em Porto Alegre, a exemplo de atividades que ocorrem pelo mundo inteiro. O Fórum de Energias Renováveis 2023, realizado pelo Correio do Povo e pelo Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), reunirá, em 17 de agosto, no Centro de Eventos do CIEE, palestrantes especializados para debater o tema, que impacta diretamente na economia, sustentabilidade e saúde da sociedade gaúcha.

“Temos um potencial muito grande de ampliação dessas fontes de energia”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo. O gestor é um dos convidados confirmados do Fórum e incentivador deste setor, visto que, como deputado, foi um dos signatários do pedido de criação da Frente Parlamentar Pró-Energias Renováveis, na Assembleia Legislativa.

O secretário garante que o tema é prioridade do atual governo gaúcho. Segundo ele, a economia do Estado é beneficiada já a curto prazo, conforme é aberto espaço para as energias renováveis. “No momento que os investimentos começam a acontecer, já tem um reflexo na economia. Seja pela própria estruturação do empreendimento e, posteriormente, com a geração de energia”, projeta Polo.

Viagens de comitivas à Alemanha, na Feira de Hanover, e aos Estados Unidos contribuíram com o olhar do governo ao potencial de crescimento global com essas matrizes energéticas. “Eu não tenho dúvida que, quem conseguir se posicionar na produção de produtos com energia renovável, vai se posicionar no mercado internacional e com agregação de valor”, afirma o gestor do Desenvolvimento Econômico no Estado.

Energias e hidrogênio verde

A energia hídrica tem sido trabalhada no Estado há mais tempo, conforme Polo, com foco nas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Esse tipo de usinas tem entre 5 e 30 megawatts (MW) de potência e menos de 13 km² de área de reservatório. “São empreendimentos com um impacto ambiental relativamente pequeno, porque são áreas de alague que não são em grandes extensões”, detalha o secretário.

Polo destaca ainda as energias eólica, solar e de biomassa, nas quais afirma que o Estado tem presença, mas pode potencializar. As atenções do governo também estão voltadas, segundo ele, ao hidrogênio verde. “Tem um programa que foi lançado de produção de hidrogênio verde e, nesse aspecto, também o Rio Grande do Sul se posiciona bem no cenário nacional e internacional”, garante ele.

O foco principal seria atender as necessidades locais, de indústrias e outros segmentos, exportando também se possível, explica o secretário. Para Polo, um dos maiores desafios é o desconhecimento sobre o tema, que envolveria ainda a necessidade de usinas offshore, dentro da água. “Em torno de 22 projetos estão em fase de licenciamento offshore. Sem dúvida, ainda há uma necessidade de melhor compreensão desse processo para que a gente consiga liberar esse licenciamento e fazer com que os investimentos aconteçam”, disse.