Federasul projeta crescimento da economia gaúcha de 2% em 2022

Federasul projeta crescimento da economia gaúcha de 2% em 2022

Avanço da vacinação e retomada das atividades estão entre as principais razões para a projeção

Felipe Samuel

Presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso, ressalta que o RS perdeu mais de 20 mil vagas de empregos durante a pandemia

publicidade

O bom ritmo de vacinação contra o coronavírus e a retomada das atividades produtivas a partir do segundo semestre deste ano reforçam a aposta de leve crescimento da economia brasileira em 2022. Mesmo com a projeção de inflação acima de 10% este ano, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) acredita que a economia gaúcha vai manter ritmo de crescimento superior ao brasileiro. Para 2022, a entidade projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do RS deve ficar em 2,04%, enquanto o PIB do Brasil deve fechar em 1,13%.  

Ao avaliar o cenário econômico de 2021, o coordenador do Núcleo de Economia da Federasul, Fernando Marchet, afirma que o Banco Central demorou a adotar medidas para frear o aumento da inflação e condicionou a melhoria da economia, entre outras coisas, às reformas administrativa e tributária e ao controle de gastos do governo - além da manutenção dos projetos de privatização e concessão em curso no país. Conforme Marchet, o cenário eleitoral também poderá impactar nos rumos da economia, caso o vencedor seja um partido de esquerda.

No Estado, Marchet destaca as 'medidas estruturais' aprovadas pelo governador Eduardo Leite, como a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), o controle de despesas pontuais e o aumento da arrecadação. "O governo fez ações que impactaram positivamente", avalia. Conforme Marchet, mesmo em menor patamar, a economia vai manter crescimento 'importante' em 2021 e 2022, refletindo a retomada das atividades produtivas. "Estamos com otimismo moderado com relação a 2022", admite.

Para o próximo ano, Marchet projeta a redução da inflação para 5%. "Não me surpreenderia que a inflação fosse até mais baixa, dependendo de como a economia vai andar. É inegável a mudança de patamar de crescimento da economia, pois muito da inflação que a gente viveu foi por conta da demanda e não tinha produto", observa, destacando a necessidade de manter o controle dos gastos públicos e necessidade de manter as privatizações e concessões. "Dependendo de quem ganhar as eleições pode mudar esse cenário", completa.

O presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso, ressalta que o RS perdeu mais de 20 mil vagas de empregos durante a pandemia, mas a expectativa é de recuperação acima do país. Cardoso afirma que a economia gaúcha deve crescer abaixo do previsto e deve ficar em 7,66% de acordo com a entidade. "Iniciamos o ano com expectativa de crescimento acima de 10%, de dois dígitos, provavelmente não consigamos chegar nesse patamar", afirma. "Nossa expectativa para 2022 é de crescimento menor do que 2021, em patamar bastante reduzido em comparação a 2020. O RS continuará crescendo mais em 2021 e 2022 do que o Brasil", completa.

Sobre a pandemia, ele acredita que a questão 'foi equalizada'. "Não teremos mais suspensão de atividades produtivas. Entendemos que o momento vai ser diferente, temos variantes, mas essas variantes, por mais graves que tenham se apresentado, nenhuma a ponto de nos trazer uma perspectiva de volta de fechamento das atividades produtivas que tivemos no primeiro trimestre do ano de 2021", ressalta.


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895