Financiamento de empresas e inovação são tema de evento do Corecon/RS

Financiamento de empresas e inovação são tema de evento do Corecon/RS

Papel do estado como incentivador econômico foi uma das pautas

Eduardo Amaral

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O financiamento de empresas e a aposta em projetos de inovação foram tema de um debate que reuniu representantes de bancos de fomento estatais e especialistas da iniciativa privada. O encontro aconteceu na noite desta segunda-feira no hotel Plaza São Rafael, no centro de Porto Alegre, e é mais uma edição do evento Economia em Pauta, promovido pelo Conselho Regional de Economia da 4ª Região (Corecon/RS).

Um dos convidados presentes foi o engenheiro Elias Graziottin Rigon, funcionário de carreira do Badesul, banco que atua fomentando a economia do Rio grande do Sul. Rigon destacou que a instituição têm apostado nas empresas do estado através de fundos de financiamento, mas lembrou que um setor vinha sendo prejudicado pelas linhas de crédito do banco. “Há alguns anos atrás vimos que tinha um tipo de empresa, principalmente de Tecnologia da Informação, que não tinham acesso a financiamento pelas linhas normais do banco, então começamos a investir em fundos de investimento que é uma forma diferente de fazer uma empresa crescer.”

O funcionário tocou então em um ponto delicado, que é o papel do estado como incentivador econômico. Contrariando uma cartilha mais liberal, ele defendeu que as instituições públicas aportem recursos em setores específicos. “É o papel do estado correr risco em determinados setores da economia, naqueles que o empreendedor privado acha que o risco é demasiado, cabe ao estado incentivar algumas coisas e depois que esses riscos diminuem deixar que o setor privado siga o negócio”, defendeu Rigon, citando como exemplo a Nasa iniciou seus trabalhos graças ao capital estatal, que decidiu investir em uma área pouco atrativa à iniciativa privada naquele momento.

Economista especializado em desenvolvimento econômico, Leosergio Angheben, também atua em um banco estatal de fomento, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Assim como o Rigon ele também acredita que o estado pode sim fomentar a economia, e destaca a possibilidade da União em atuar nesse sentido. “O Brasil tem uma estrutura maravilhosa que poucos países do mundo tem, com o BNDES para irrigar recursos que o governo aporta no desenvolvimento econômico.” Porém, Angheben é mais pessimista quando o assunto é a capacidade do Rio Grande do Sul em investir, pois segundo ele os bancos de fomento “andam sozinhos” já que o estado não possui os recursos necessários para estes investimentos.

Dentro do BRDE, a cadeia do agronegócio é a principal captadora de recursos para seu desenvolvimento. Mas o economista e administrador Clovis Benoni Meurer enxerga o Rio Grande do Sul com outro potencial a ser investido. “Tem cenário super favorável para empresas de tecnologia, estamos com boas iniciativas seguindo caminhos que já estão sendo seguidos em outros centros.” Ele garante que a iniciativa privada tem olhado para este mercado e está disposta a investir. “Nesta esteira existem recursos disponíveis e vários fundos que tem operado no país que reúne dinheiro de pessoas físicas e empresas de desenvolvimento.” Ele ainda destaca ações como o projeto Pacto Alegre como bons meios de integrar a universidade, estudantes e os empreendedores.
 


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