GM mantém vagas, mas amplia folgas para compensar queda na produção
Empresa reduziu meta de montagem de veículos para 2015
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Em reunião com trabalhadores na manhã desta segunda-feira, a direção da General Motors (GM) de Gravataí anunciou que vai manter o terceiro turno de trabalho e os cerca de 9 mil funcionários na montadora. Apesar da crise que deve reduzir a produção deste ano, a empresa garantiu aos trabalhadores que os salários não serão cortados. O regime de folgas através do sistema de “day off” será ampliado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Valcir Ascari, a direção propôs manter pagamentos para que os trabalhadores fiquem mais dias em casa. As folgas devem entrar para um banco de horas a ser quitado quando a montadora voltar a um melhor ritmo de produção.
Uma assembleia dos trabalhadores deve discutir as alterações a partir das 15h, em frente ao portão principal da GM. A empresa ainda não se manifestou sobre a medida. Nos últimos dias, os empregados da montadora conquistaram apoio da Prefeitura e de vereadores de Gravataí para as reivindicações. Como a multinacional contou com recursos públicos para instalar a unidade, poderia sofrer sanções por redução de vagas. A meta de produção foi reduzida, de 330 mil veículos no ano passado, para 285 mil neste ano.
Mais de 1,7 mil empregados da GM de São Caetano do Sul têm contrato de trabalho suspensos
Mais 900 empregados da fábrica da GM em São Caetano do Sul, no ABC paulista, entraram nesta segunda-feira em regime de lay-off, elevando para mais de 1.719 o total de trabalhadores afastados. Por meio desse sistema, os empregados têm o contrato de trabalho suspensos, temporariamente, mas continuam recebendo os salários sendo que metade é custeada pela empresa e outra parte pelo governo federal por meio dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Em assembleia ocorrida na última sexta-feira, os trabalhadores da GM aprovaram a medida que durará cinco meses. E mesmo após este prazo, a empresa se compromete a garantir o pagamento dos salários por mais seis meses. Nesse período de afastamento, os metalúrgicos assumem o compromisso de fazer cursos de atualização profissional.