Governo Central tem menor déficit em três anos no primeiro semestre

Governo Central tem menor déficit em três anos no primeiro semestre

Esse foi segundo pior resultado para junho desde início da série histórica, em 1997

Agência Brasil

publicidade

A alta das receitas em ritmo maior que o crescimento das despesas fez o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - fechar o primeiro semestre de 2018 com o menor déficit primário em três anos. Segundo o Tesouro Nacional, os entes fecharam os seis primeiros meses do ano com resultado negativo de R$ 32,867 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2015.

No primeiro semestre do ano passado, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 56,479 bilhões. Em 2016, o déficit acumulado nos seis primeiros meses somou R$ 36,466 bilhões. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apenas em junho, o déficit primário totalizou R$ 16,422 bilhões. Esse foi o segundo pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997, superando apenas junho do ano passado (R$ 19,844 bilhões).

Nos seis primeiros meses do ano, a receita líquida do Governo Central cresceu 6,3% em valores corrigidos pela inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação ao mesmo período de 2017. As despesas totais aumentaram 2,2% acima da inflação. No segundo semestre, no entanto, os gastos obrigatórios devem crescer por causa do subsídio ao preço do óleo diesel que entrou em vigor após a greve dos caminhoneiros.

Meta

Para este ano, a meta de déficit primário está estipulada em R$ 159 bilhões. Segundo o último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado na semana passada pelos Ministérios do Planejamento e da Fazenda, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com déficit primário de R$ 157,2 bilhões, com folga de R$ 1,8 bilhão em relação à meta.

Segundo o Tesouro Nacional, o Programa Especial de Recuperação Tributária (Pert), também conhecido como Novo Refis, impulsionou a arrecadação federal em R$ 10 bilhões este ano, além de R$ 8,1 bilhões do aumento de tributos sobre os combustíveis. Do lado das receitas não administradas pelo Fisco, o aumento do preço do petróleo internacional impulsionou as receitas de royalties em R$ 6,8 bilhões. Os regates de R$ 4,1 bilhões do Fundo Soberano também ajudaram a elevar as receitas no primeiro semestre.

Investimento

Os gastos com os benefícios da Previdência Social aumentaram 2,7% acima do IPCA. As despesas com o funcionalismo público subiram 0,8% além da inflação. Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 4,7% acima da inflação. As despesas que mais cresceram, no entanto, foram os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), que somaram R$ 21,266 bilhões nos seis primeiros meses do ano, com alta de 21,8% acima do IPCA em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do crescimento, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continua executando menos este ano. As despesas do PAC somaram R$ 9,183 bilhões no primeiro semestre, com queda de 13,8% em relação aos seis primeiros meses de 2017 descontando o IPCA.

Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895