Hannover: futuro da indústria passa pela integração de dados

Hannover: futuro da indústria passa pela integração de dados

Empresas apresentaram sistemas e soluções para melhor a "comunicação" nas plantas industriais 

Mauren Xavier

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A Indústria 4.0 provocou uma revolução nas fábricas ao integrar os sistemas de uma linha de produção com dados. Agora, o próximo passo passa por garantir a conectividade de toda a cadeia industrial no ambiente digital para que possam efetivamente "conversar". Em outras palavras, é como se cada máquina da empresa falasse um tipo de idioma diferenciado, além disso, os seus fornecedores também adotam outra linguagem. A comunicação, assim, fica longe de ser fluída e efetiva, podendo representar falhas e quebras na execução da produção. No momento em que todos os participantes desta cadeia estão conectados e falando o mesmo idioma ocorre a verdade integração.

A empresa alemã Phoenix Contact, por exemplo, atua em soluções para esse tipo de "comunicação". Uma grande dificuldade identificada pela empresa é garantir todas as informações relativas ao produto estejam disponíveis de maneira mais clara e também sejam rastreáveis. Assim, um produto na linha de montagem recebe um QR e na qual vão sendo inseridas as informações até a entrega ao cliente, mesmo que ele passe por diferentes etapas que usam outra linguagem. Em outras palavras, o software é capaz de garantir a tradução e a uniformização das informações.    

Apesar de parecer simples, esse processo é bem mais complexo e depende cada vez mais de soluções específicas ou customizadas e também do trabalho em cooperação. E a importância desse salto ficou ainda mais visível nas discussões durante a feira de Hannover, na Alemanha, nessa semana. Diversas empresas de tecnologia estão trabalhando exatamente nesta frente, como a SmartFactory, que atua em pesquisa e aplicação de técnica. A empresa busca identificar as dificuldades que as fábricas têm de conectividade e gera soluções. Por exemplo, quatro linhas de produções independentes dentro de uma empresa e que precisam compartilhar dados para que nenhuma tenha ociosidade ou quebra de produção. Ou ainda um sensor para controlar e prever possíveis falhas, permitindo uma antecipação de problemas. 

O tópico segurança dentro das fábricas também tem recebido atenção e soluções, como apresentado pela empresa alemã Pilz voltada para a automação. Como uma linha de produção com scanner óptico que identifica quando uma pessoa está em uma área de risco e automaticamente desliga a máquina evitando acidentes; ou ainda softwares para monitoramento da logística interna, onde há máquinas se movimentando e trabalhadores manuseando equipamentos ao mesmo tempo. No caso da Pepperl +Fuchs, que é fabricante de sensores e componentes para área de risco, o rastreamento dos produtos dentro de uma fábrica é uma das soluções integradas, na qual eleva a eficiência e movimentação dentro da fábrica e a sua entrega.   

Além disso, a base do futuro da produção passa por uma série de conceitos. Conectividade e integração com o uso da Inteligência Artificial, que orienta sobre quais deverão ser as melhores tomadas de decisões; e Smart Safety, que é a tecnologia que busca operar plantas industrais com mais segurança, podendo ganhar vantagens consideráveis em relação aos seus concorrentes. Outro conceito que ganhou espaço na feira é o Digital Product Passaport (em tradução livre Passaporte Digital de Produtos), que é uma ferramenta que coleta e compartilha dados de produtos durante todo o seu ciclo de vida, informações fundamentais para sustentabilidade e preservação do meio ambiente, por exemplo.


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