Apesar do número de empresas que investem em inovação no Brasil ter recuado no ano de 2022, o cenário para a introdução de iniciativas inovadoras nas companhias brasileiras está mais favorável. O dado é da mais recente Pesquisa de Inovação (Pintec) Semestral 2022: Indicadores Básicos, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na manhã desta quarta-feira.
A Pintec ouviu 9,5 mil empresas com mais de 100 trabalhadores no Brasil das indústrias extrativas e de transformação. O estudo apontou que 47,9% das empresas deste segmento enfrentaram dificuldades para realizar "atividades inovativas" em 2022. O número representa uma queda ao coletado em 2021, quando se registrou 59,1%.
Conforme o levantamento, as atividades em que o maior percentual de empresas inovadoras relativamente enfrentou maiores dificuldades para inovar foram:
- Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (65,9%)
- Fabricação de produtos de madeira (63,1%)
- Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (62,4%).
Em contraponto, apenas 12,3% das empresas do setor de Fabricação de produtos do fumo apontaram algum obstáculo às suas atividades inovativas.
Economia predomina
Entre os problemas para a entrada da inovação nas empresas pesquisadas, os fatores de natureza econômica foram os mais apontados.
- Instabilidade econômica (45,6%)
- Acirramento da concorrência (43,5%)
- Capacidade limitada dos recursos internos (41,3%).
Justamente no segmento de "Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos" que apresentou mais dificuldades gerais, foi onde a economia pesou no período pesquisado. A “Instabilidade econômica” e o “Acirramento da concorrência” apresentaram maior dificuldade relativa para, respectivamente, 62,8% e 64,8% das empresas inovadoras com 100 ou mais pessoas ocupadas.
Correio do Povo