IGP-DI supera previsões e tem maior alta desde julho de 2008

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu bem mais que o esperado em janeiro e atingiu o maior patamar desde julho de 2008, refletindo aumentos generalizados em todos os três componentes. O indicador teve alta de 1,01% em janeiro, após cair 0,11% em dezembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. Em julho de 2008, o avanço foi de 1,12%.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) registrou variação de 0,96% ante 0,29% do mês anterior. O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 1,33% ante 0,43% de dezembro. A principal contribuição para a aceleração partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,28%, em dezembro, para 4,33%, em janeiro. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, apresentou variação de 1,45%. No mês anterior, o resultado foi de 0,07%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de variação de 1,29%, acima da apurada no mês de dezembro, de 0,24%. Seis das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. As maiores contribuições partiram dos grupos: Alimentação (0,20% para 1,57%), Transportes (0,30% para 3,45%) e Educação, Leitura e Recreação (0,30% para 3,09%). Nestas classes de despesa, os itens que mais contribuíram para o avanço das respectivas taxas foram: hortaliças e legumes (1,06% para 3,41%), tarifa de ônibus urbano (0,00% para 7,87%) e cursos formais (0,00% para 6,01%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou em janeiro, taxa de variação de 0,64%, acima do resultado do mês anterior, de 0,10%. Os três grupos apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Materiais e Equipamentos, de 0,17% para 0,34%, Serviços, de 0,30% para 1,61%, e Mão de Obra, de -0,01% para 0,68%.