Inadimplência atinge 66,1 milhões em abril, recorde desde 2016

Inadimplência atinge 66,1 milhões em abril, recorde desde 2016

Soma das dívidas no mês chega a R$ 271,6 bilhões, diz Serasa Experian; FGTS e 13º antecipado podem ser solução para devedores

R7

Número de brasileiros que não consegue pagar contas é recorde

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A quantidade de brasileiros que não conseguem pagar alguma conta em dia só aumenta. Em abril, 66.132.670 ficaram com saldo no vermelho, um recorde, segundo revela o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian, uma vez que esse número é o maior da série histórica do índice, iniciada em 2016. No mês, as dívidas totalizaram R$ 271,6 bilhões.

O órgão registra, desde janeiro, crescimento mensal da inadimplência no país: em janeiro eram 64,8 milhões os brasileiros que deixaram de quitar algum compromisso comercial; em fevereiro, foram 65,2 milhões, número que passou para 65,7 milhões em março, atingindo os 66,1 milhões em abril.

O aumento da inadimplência em 2022 era esperado, afirma o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. "Mas existem fatores, como a instabilidade econômica do país, que vêm afetando grande parte da população", completa.

Os segmentos de Bancos e Cartões concentra 28,1% dos débitos de abril, enquanto as contas básicas, como água, luz e gás, representam 22,9%. Na comparação com o mesmo mês de 2021, o setor de empresas financeiras é o que apresenta maior aumento de participação na inadimplência, passando de 9,6% para 12,4%. “As financeiras costumam oferecer crédito para perfis de risco, como os de consumidores inadimplentes. Por isso, quanto mais instável ficar o cenário econômico, mais a inadimplência desse setor tende a crescer”, explica Rabi.

Mas tudo indica que o brasileiro quer pagar o que deve. O Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian revelou alta de 14,9% em abril, no comparativo com o mesmo mês de 2021. O crescimento foi menor do que o registrado em março (26,5%), mas mostra que a busca por recursos continua aquecida.

Nome limpo

Rabi diz que o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados são "ferramentas que podem e devem ser utilizadas para reorganizar as finanças pessoais, amenizar dívidas e tentar tirar o nome do vermelho”.

Outra opção para deixar as contas em dia é o serviço Limpa Nome, da Serasa. Um levantamento feito pela empresa mostra que existem na plataforma mais de 15 milhões de ofertas para quitar dívidas por até R$ 100, em bancos, financeiras, universidades, varejo e companhias telefônicas, por exemplo.

Há, ainda, mais de 43 milhões de ofertas com opção de parcelamento, algumas podendo ser feitas em até 24 vezes. O nome do consumidor é retirado da lista de devedores após o pagamento da primeira parcela, diz Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome. “Mas é fundamental que o pagamento das demais parcelas seja concluído, para a dívida não ser retomada”, finaliza.


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