Indústria da transformação fechou dezembro de 2022 com queda no faturamento, revela CNI

Indústria da transformação fechou dezembro de 2022 com queda no faturamento, revela CNI

Acumulado do ano teve alta de 2,8% , o segundo mais alto desde 2015

AE

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A indústria da transformação encerrou o ano de 2022 com recuo do faturamento e da utilização da capacidade instalada (UCI), aponta pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta quinta-feira, 2, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).Os Indicadores Industriais apontam que o faturamento real recuou em dezembro 0,4% em relação a novembro de 2022, na série livre de efeitos sazonais. Apesar da variação negativa, o faturamento ainda é o segundo mais alto desde 2015. No acumulado de janeiro a dezembro de 2022 frente ao mesmo período de 2021, o faturamento teve alta de 2,8%.

O levantamento mostra, no entanto, um avanço no número das horas trabalhadas na produção, da massa salarial real e do rendimento médio do trabalhador, com crescimento de 0,6% em dezembro em relação a novembro, na série livre de efeitos sazonais. Na comparação anual, houve crescimento de 2,7% das horas trabalhadas no ano passado.

No fechamento do ano de 2022, os resultados são positivos para a indústria, com expansão de cinco dos seis indicadores monitorados na comparação anual. Apenas a UCI registrou queda no ano. Segundo a CNI, entre os principais fatores que contribuíram para esse avanço no ano passado estão a reorganização gradual das cadeias de suprimentos, a desaceleração inflacionária e a recuperação do mercado de trabalho, associada à atividade econômica mais aquecida. "O avanço acontece a despeito das taxas de juros crescentes, que seguem impedindo um avanço mais expressivo da atividade industrial", destaca a entidade.

"O encerramento do ano de 2022 traz resultados positivos para a indústria de transformação, mas não são resultados a serem comemorados, tendo em vista que em alguns casos apenas recuperam perdas sofridas em 2021 e estão associados a uma perspectiva de estabilidade para a produção industrial do ano", diz a economista da CNI, Larissa Nocko.

 O emprego industrial permaneceu estável em dezembro, com ligeira variação de 0,1% ante novembro. Esse foi o segundo mês de estabilidade, "reforçando a acomodação do ritmo de crescimento do emprego, que teve sucessivas altas entre o segundo semestre de 2020 e o segundo semestre de 2022". No acumulado de janeiro a dezembro de 2022, o emprego fechou com alta de 1,5% ante igual período de 2021.

A massa salarial também avançou em dezembro de 2022, com alta de 0,3% em relação a novembro. De acordo com dados da CNI, ao longo do ano passado, foram nove altas, o que confere trajetória crescente à massa salarial. No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado, houve crescimento de 3,7% na massa salarial na comparação com igual período de 2021.

O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria teve avanço de 0,8% em dezembro em relação ao mês anterior. No acumulado de janeiro a dezembro, o avanço foi de 2,1%. Com relação à Utilização da Capacidade Instalada (UCI), houve um recuo em dezembro de 0,6 ponto porcentual em relação ao mês anterior, encerrando o ano em 79,4% na série livre de efeitos sazonais. Ao longo do ano passado, a série apresentou tendência de queda gradual, mas permaneceu acima do patamar registrado entre 2016 e 2019. Na comparação com dezembro de 2021, o indicador apresenta recuo de 2,1 ponto porcentual.

 


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