Inflação está em níveis "confortáveis", diz ata do Copom

Inflação está em níveis "confortáveis", diz ata do Copom

Na última semana, o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano

Agência Brasil

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) considera que a inflação está em níveis "apropriados ou confortáveis". A informação, divulgada nesta terça-feira, consta da ata da última reunião do comitê, que decidiu na semana passada manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano, o mínimo histórico.

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"Diversas medidas de inflação subjacente (ação que procura captar a tendência dos preços, desconsiderando variações temporárias) se encontram em níveis apropriados ou confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária (definição da taxa Selic)", diz a ata.

O Copom, mais uma vez, optou por não dar indicações sobre as próximas reuniões para definir a Selic. "Todos concordaram que a atual conjuntura recomenda manutenção de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que implica abster-se de fornecer indicações de seus próximos passos.

Os membros do Copom (diretoria do BC) reforçaram a importância de enfatizar o compromisso de conduzir a política monetária visando a manter a trajetória da inflação em linha com as metas", destaca o comitê.

Com relação ao cenário externo, o Copom avaliou que permanece desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos" para a inflação no Brasil. "Diminuíram os riscos de curto prazo associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas. Por outro lado, aumentaram os riscos associados a uma desaceleração da economia global, em função de diversas incertezas, como as disputas comerciais e o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia)".

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O aumento das taxas de juros de países como Estados Unidos pode levar à saída de investidores de nações emergentes, como o Brasil, para aplicar em títulos americanos, o que leva à alta do dólar. No mercado interno, o nível de ociosidade elevado da economia brasileira pode fazer com que a inflação fique abaixo do esperado.

Por outro lado, diz o Copom, "uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira" pode elevar a inflação.

Na semana passada, pela sétima vez seguida, o Copom manteve os juros básicos da economia. A decisão unânime era esperada pelos analistas financeiros. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. 


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