Inflação nos EUA atinge menor patamar em dois anos

Inflação nos EUA atinge menor patamar em dois anos

Presidente Biden comemorou melhor índice durante o seu governo

AFP

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

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A inflação nos Estados Unidos fechou março em 5% nos últimos 12 meses, um dado melhor do que o esperado pelo mercado. O índice é o mais baixo em dois anos. Embora esteja longe da meta do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), que pretende um aumento de 2% anual por considerá-la saudável para a economia, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) publicado, nesta quarta (12), pelo Departamento de Trabalho, teve a variação mais baixa desde o ano móvel fechado em maio de 2021.

Em fevereiro, o aumento em 12 meses havia sido de 6%. Os analistas esperavam um avanço de 5,1% em março. Na comparação mês a mês, a inflação alcançou 0,1% frente ao 0,2% previsto. Em fevereiro, o aumento foi de 0,4% em relação a janeiro. "Esse informe mostra os progressos contínuos em nossa luta contra a inflação", se congratulou o presidente americano, Joe Biden, em um comunicado.

A queda dos preços da energia, de 3,5% mensal e 6,4% a nível anual, contribuiu para a moderação da alta geral dos preços.

Inflação "subjacente" segue alta 

A inflação subjacente, que exclui elementos voláteis como a alimentação e a energia, também desacelerou em um mês, 0,4% frente a 0,5% em fevereiro. Porém, na medição anual segue nos níveis de fevereiro, em 5,6%, apenas um ponto percentual abaixo do segundo mês do ano.Esse registro indica que o setor de serviços segue aumentando os preços.

O Fed subiu nove vezes consecutivas suas taxas de juros em uma tentativa de encarecer o crédito e desestimular o consumo e o investimento. Um esfriamento da economia tende a diluir as pressões inflacionárias. Em março, os aluguéis e os preços da habitação continuaram aumentando (0,6% em um mês), assim como o setor de transportes (1,4% em um mês).

"Há sinais animadores. (...) Porém, com uma inflação subjacente que segue alta, há fortes chances de que o Fed continue ajustando" suas taxas de referência "com uma última alta de 25 pontos básicos em sua próxima reunião prevista em 2 e 3 de maio, comentou Paul Ashwort, economista da Capital Economics.

Esse movimento levaria as taxas do Fed a um patamar de entre 5% e 5,25%. O Fed, entretanto, privilegia outro dado de inflação, o índice PCE, que geralmente marca uma variação de preços abaixo do CPI. Em fevereiro, a medição foi de 5% em um ano, frente a 5,3% no mês anterior. O PCE de março será conhecido em 28 de abril, pouco antes da próxima reunião do Fed.

 

 

 


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